A corte rejeitou os embargos de declaração apresentados por Dirceu, que na época era considerado braço-direito de Lula e que ainda tem uma última e remota possibilidade de se livrar da prisão, através de recursos ainda não discutidos pelo STF, que pedem a realização de um novo julgamento.
Esses últimos recursos serão analisados pelos juízes assim que terminar a atual fase de apelações do processo que, em dezembro do ano passado, condenou 25 dos envolvidos em corrupção, que foram desde o financiamento ilegal de campanhas até o suborno de parlamentares de quatro partidos políticos.
Se os únicos recursos restantes também forem negados, Dirceu, de 67 anos, deverá cumprir a pena em regime de reclusão, já que o benefício do sistema semiaberto, que permite que os réus só durmam na prisão, somente se aplica a condenados a menos de quatro anos.
O caso se refere a uma rede de corrupção do fim do primeiro governo Lula na compra de apoio de partidos para a base governista.
O Supremo julgou o assunto no ano passado e considerou que essa rede serviu para financiar campanhas de maneira ilegal e para subornar dirigentes de outros quatro partidos para garantir maioria parlamentar.
Pelo caso, foram condenados 25 políticos, empresários e banqueiros, entre eles importantes dirigentes do PT na época, como José Dirceu, então chefe da Casa Civil e José Genoíno, ex-presidente do PT e atualmente deputado federal.
Apesar de sua proximidade com o caso, Lula não foi processado, pois o Supremo não encontrou provas de sua participação no esquema.