Em entrevista à emissora britânica BBC, o diretor deixou clara sua posição quanto ao uso da tecnologia não apenas no cinema, mas em todos os meios audiovisuais.
"Para mim, é absolutamente inevitável que o entretenimento seja em 3D, tudo será em 3D eventualmente, porque é assim que vemos o mundo", disse. "Quando for correto e conveniente para nós, pré-selecionamos essa como a experiência preferencial."
Para se justificar, Cameron aponta o fato de que, nos últimos quatro anos, o Oscar de melhor fotografia foi para três filmes 3D –"Avatar", "Hugo" e "As Aventuras de Pi".
No entanto, os números do 3D nos Estados Unidos vêm decaindo. O público de cinema no país tem migrado de volta para os filmes em 2D depois de alguns anos, com apenas 25% das vendas de ingresso de "Turbo" vindo de salas em 3D.
Os números também não foram animadores para as versões 3D de "Universidade Monstros" (31% do total dos ingressos nos EUA) e "Guerra Mundial Z" (34%). Esse último, aliás, é o maior sucesso de bilheteria da carreira de Brad Pitt.
Em outros países, como Rússia e China, porém, o 3D vai muito bem, com a enorme maioria do público desses locais dando preferência ao formato.
Em 2009, James Cameron causou grande impacto com "Avatar", sua primeira experiência em 3D. O filme acabou gerando mais de US$ 2 bilhões (R$ 4,8 bilhões) em bilheteria ao redor do mundo e, por isso, outras três sequências já foram anunciadas.