Em uma resposta inesperada a cinco cardeais conservadores, o Papa Francisco abriu a possibilidade de benção a casais de pessoas do mesmo sexo “caso a caso”, marcando um momento histórico na Igreja Católica. Além disso, o pontífice indicou que a ordenação de mulheres ao sacerdócio merece estudo.
A carta enviada pelos cardeais conservadores, incluindo Walter Brandmuller, Raymond Leo Burke, Juan Sandoval Íñiguez, Robert Sarah e Joseph Zen Ze-kiun, em 10 de julho, buscava respostas diretas sobre esses temas antes do próximo Sínodo em outubro, que abordaria questões cruciais para o futuro do catolicismo. No entanto, a resposta de Francisco não seguiu o protocolo usual de “sim” ou “não”.
A discussão centralizou-se na possibilidade de abençoar uniões do mesmo sexo. O Papa Francisco reafirmou que a Igreja reconhece o casamento como uma união entre um homem e uma mulher. No entanto, ele destacou a natureza das bênçãos como expressões de pedido de ajuda a Deus, uma oração para viver melhor. Nesse contexto, ele enfatizou que o clero deve exercer “prudência pastoral” ao discernir se há formas de bênção solicitadas por indivíduos que não distorcem a concepção do casamento.
Os cinco cardeais, insatisfeitos com a resposta inicial, reformularam a carta e a reenviaram em 21 de agosto, continuando a busca por esclarecimentos sobre questões cruciais para a fé católica.
Essa evolução na postura do Papa Francisco em relação à benção de casais do mesmo sexo demonstra uma abertura da Igreja Católica para uma discussão mais ampla sobre questões contemporâneas e desafios enfrentados pela comunidade religiosa.
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