Depois que o atirador Euler Fernando Grandolpho efetuou mais de 20 disparos e deixou quatro mortos e cinco feridos na Catedral de Campinas no início da tarde desta terça-feira (11), o padre Amaury Thomazzy – que celebrava a missa, publicou um vídeo nas redes sociais divulgando o ocorrido.
Na gravação, ele informou, de voz embargada, que “ninguém pode fazer nada”.
“Para os amigos que estão pedindo algumas informações, estou mandando esta mensagem apenas para dizer que está tudo bem aqui na catedral. Eu rezei a missa do meio dia e quinze, e, no final da missa, uma pessoa entrou atirando e fez algumas vítimas. Ninguém pode fazer nada, ajudar de forma nenhuma”, relatou.
Na ocasião, ele pediu orações do brasileiros em favor das vítimas, a começar pelo atirador – que cometeu suicídio após deixar quatro mortos.
“Peço apenas que rezem pela pessoa. Ele se matou depois da situação, ele atirou nas pessoas, foram mais de 20 tiros aqui dentro, e depois ele se matou. Então, rezemos por ele, e por aqueles que foram feridos. Tem pessoas que são vítimas fatais. Peçamos a Nossa Senhora Imaculada que interceda por esta catedral, por estas pessoas, por estas famílias”, enumera o padre.
A programação da Igreja para os próximos dias, o padre não sabe ainda explicar como vai ficar. O lugar etá interditado para perícias. Segundo a Agência Brasil, há fotos não oficiais que mostram o atirador ferido com um tiro na cabeça, e com o corpo apoiado numa pilastra de madeira.
As investigações estão sendo acompanhadas pelo delegado José Henrique Ventura. Ele informou que o atirador não tinha precedentes criminais. “A profissão, ao que parece, é analista de sistemas. É uma pessoa fora de qualquer suspeita em circunstâncias normais. Agora, com a identificação, nós vamos investigar a motivação”, apontou.
A Agência Brasil informou ainda que a carteira de habilitação foi encontrada dentro de uma mochila, ainda na igreja. O delegado disse que a casa de Grandolpho, em Valinhos-SP, será inspecionada em busca de informações que possam esclarecer o crime.
As primeiras informações das investigações apontam que o atirador não conhecia as vítimas.
A polícia descobriu que ele tinha 49 anos. A polícia já foi até a casa e conversou com o pai do atirador, que disse que ele era uma pessoa reclusa. Euler Grandolpho era formado em Publicidade e Propaganda e trabalhou como auxiliar de Promotoria. Em julho de 2014 ele pediu exoneração. Há informações de que Euler já havia registrado um Boletim de Ocorrência por injúria e perseguição. O pai disse que ele poderia, a qualquer momento, cometer uma besteira.
Diversas pessoas levaram rosas para a frente da Catedral, que foi cenário de uma das maiores tragédia já vista no Brasil.
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