O contrato ainda não foi assinado. E depende de um sim dos comandantes da empresa dos Emirados Árabes Unidos. A diretoria do Corinthians já demonstrou estar satisfeita com os números apresentados. A decisão está nas mãos dos xeques, que comandam a empresa. Poucos acreditam que o negócio não seja assinado. A informação que o Estado apurou é o contrato vai aser assinado, de modo que a Emirates dará seu nome ao estádio corintiano na zona leste de São Paulo, e terá outras ações dentro do complexo esportivo.
Ocorre que a Emirates, mesmo assinando o contrato para batizar o Estádio do Corinthians, terá de dividir a marca com outras empresas para outras atividades. A única exigência é que as empresas concorrentes ou parceiros dentro do Estádio do Corinthians não sejam do mesmo ramo de atividade, como companhias aéreas. Os camarotes VIP do Itaquerão, que têm capacidade para até 300 pessoas, por exemplo, serão negociados de maneira independente.
O valor fechado com a Emirates é pelo menos R$ 50 milhões a mais do que o próprio Corinthians calculava receber quando começou a estudar a possbilidade de uma empresa dar seu nome para o estádio. Isso tem a ver com a concorrência. Ambev e Zurich Seguros também estavam no páreo, de acordo com informações do mercado.
A Emirates está desenvolvendo uma política agressiva de marketing no Brasil não só por ter uma linha entre São Paulo e Abu Dhabi, mas porque tem planos ambiciosos no País num curto espaço de tempo. Pesou ainda na opção pela empresa árabe, além do dinheiro oferecido, claro, sua experiência na área. A Emirates tem acordo de sucesso com o Arsenal, na Inglaterra, time da primeira divisão daquele país. E no ano passado, ela fechou acordo com a prefeitura de Glasgow pelos naming rights de um complexo esportivo na cidade, cujo carro chefe é um ginásio.
Os R$ 450 milhões por 20 anos de parceria são considerados por analistas nesse incipiente mercado brasileiro um negócio e tanto. O ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, sempre esteve à frente desse assunto. O dirigente prometeu fazer um negócio da China com os direitos do nome da nova arena corintiana.