Depois de considerar que os dois suspeitos de participarem do assalto que resultou na morte do major Mayron já terem passagens pela policia, o juiz Thiago Aleluia Ferreira transformou a prisão em flagrante da dupla em preventiva.
A decisão do juiz foi publicada na última quinta-feira (23). Outro ponto considerado por ele é que ambos são perigosos e que se ficassem soltos poderiam cometer outros delitos.
O major Mayron assassinado era comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar. Ele foi morto no dia 21, terça-feira, enquanto aguardava a chegada da filha em um ponto de ônibus, no bairro Todos os Santos, zona sudeste de Teresina.
O militar foi atingido com um tiro no peito, mas morreu em seguida, mesmo sendo socorrido.
Um dos suspeitos foi preso poucas horas após a morte do major. Ele confessou sua participação no latrocínio, roubo seguido de morte.
Ele afirmou que seria o piloto da moto no instante da abordagem. O comparsa, Wallisson Jhonatan Rodrigues se entregou à Polícia Civil e revelou que fez o disparo que atingiu o policial. Ele afirma que fez o disparo porque o militar teria reagido.
A versão foi negada pelo filho do major, que estava no momento do ocorrido. Para comentar em defesa dos dois suspeitos, ninguém da defesa dos suspeitos foi encontrado.
“Foram encontrados antecedentes criminais pela prática do delito de furto qualificado, pelo qual o autuado passou por audiência de custódia dia 05/07/2016, cuja decisão judicial foi a utilização de tornozeleira eletrônica”, diz trecho da decisão sobre Iranilson. “Informou que responde a outro processo do ano de 2017, acusado de roubo majorado”, escreveu o magistrado sobre Wallisson.
O delegado Francisco Costa, o Baretta, disse ao G1 que a investigação sobre a morte do major Mayron já está praticamente concluída. “Com as prisões e as confissões, podemos dar o caso como solucionado. Vamos colher todas as informações e enviar o inquérito para a Justiça”, disse.
O corpo do major foi velado e enterrado no município de Valença do Piauí, região sul do estado. Amigos da corporação participaram do sepultamento.
“O filho dele disse que estavam dentro do carro e o major sugeriu que saíssem do veículo porque estava fazendo calor. O major desceu e ficou mexendo no celular e foi quando eles (assaltantes) fizeram a volta na rua e o surpreenderam. Não houve tempo pra reação. Eles andam na rua atrás de pessoas em situação vulnerável para dar o bote”, falou o delegado.
