Enquanto os incêndios florestais atingem o oeste do Canadá na terça-feira, um incêndio no extremo oposto do país, em Halifax, Nova Escócia, forçou a evacuação de mais de 16.000 pessoas, aumentando a ansiedade nacional sobre incêndios florestais fora de controle que afetam a vida das pessoas.
Imagens de vídeo do centro de Halifax no final do domingo mostraram uma densa nuvem de fumaça envolvendo a cidade, o sol de um vermelho apocalíptico, enquanto um incêndio a noroeste da cidade se espalhava, espalhando a fumaça. O incêndio começou em uma área que fica a cerca de 24 quilômetros de Halifax e que abriga muitos profissionais e famílias suburbanas.
Incêndios florestais estouraram em todo o oeste do Canadá, incluindo a Colúmbia Britânica, e o mais atingido foi Alberta, uma província produtora de petróleo e gás às vezes chamada de “o Texas do Norte”. No início deste mês, a província declarou estado de emergência.
A pesquisa climática sugere que o calor e a seca associados ao aquecimento global são as principais razões para incêndios maiores e mais fortes.
Os incêndios florestais em ambas as costas canadenses deram início a um sentimento de mau presságio.
O medo e o mal-estar se instalaram Halifaxuma cidade marítima normalmente serena na costa atlântica do Canadá, fundada em 1749 e que serviu como base naval e militar britânica.
As autoridades da cidade declararam estado de emergência e, na segunda-feira, funcionários do governo provincial disseram que cerca de 200 prédios e estruturas foram danificados pelo incêndio. As autoridades disseram na terça-feira que, até agora, nenhuma morte, ferimento ou desaparecimento foi relatado.
Na terça-feira, o governo provincial da Nova Escócia Departamento de Recursos Naturais e Renováveis disse que o incêndio afetou cerca de 788 hectares, ou cerca de 1.950 acres, e permaneceu “fora de controle”.
“Este é um incêndio que se move rapidamente”, disse o departamento em um comunicado. “Pedimos às pessoas que, por favor, permaneçam longe da área.” Autoridades provinciais alertaram que as condições também eram perigosas para os bombeiros por causa dos ventos fortes.
Uma investigação está em andamento para apurar as causas do incêndio. Mas Scott Tingley, gerente de proteção florestal do Departamento de Recursos Naturais e Renováveis da Nova Escócia, disse em entrevista coletiva na segunda-feira que as autoridades suspeitavam que os incêndios recentes foram “causados pelo homem”.
Mais de 200 bombeiros foram mobilizados para combater o incêndio, e membros do Departamento de Defesa Nacional do Canadá também foram enviados ao local.
O fogo também está afetando a vida diária. Mais de uma dúzia de escolas foram fechadas, enquanto as fogueiras foram proibidas.
As autoridades de saúde canadenses alertaram que a fumaça pode causar sintomas como olhos doloridos e lacrimejantes, tosse, tontura, dores no peito e palpitações cardíacas.
Em Alberta, até 19 de maio, cerca de 29.000 pessoas foram forçadas a deixar suas casas pelos recentes incêndios florestais, embora a maioria tenha retornado para suas casas nos últimos dias, pois os incêndios diminuíram em escala e escopo.
As chamas em Alberta reviveram más lembranças de 2016, quando um incêndio florestal destruiu 2.400 prédios em Fort McMurray, o coração da região de areias betuminosas do Canadá com a terceira maior reserva de petróleo do mundo.
Em 2021, a Colúmbia Britânica foi o local de um dos piores incêndios florestais do Canadá nas últimas décadas, quando as chamas dizimaram a pequena comunidade de Lytton depois que as temperaturas atingiram um recorde de 49,6 graus Celsius, ou 121,3 Fahrenheit.
Com informações do site The New York Times
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