Líbia pode entrar em guerra civil, alerta embaixador na ONU

Internacional

A Líbia advertiu o Conselho de Segurança da ONU sobre a possibilidade de uma guerra civil de grandes proporções se os grupos extremistas que atuam no país não forem desarmados. “A situação na Líbia é complicada. E, desde 13 de julho tornou-se ainda mais complicada podendo deteriorar em uma guerra civil total se não formos cautelosos e sábios em nossas ações”, disse o embaixador do país na ONU, Ibrahim Dabbashi. A data mencionada pelo embaixador marca o início de conflitos entre milícias rivais que tentam assumir o controle do principal aeroporto do país. Os confrontos deixaram pelo menos sete mortos e forçaram a suspensão de voos para a capital Trípoli.

Na Líbia, o vácuo de segurança deixado pela queda de Muamar Kadafi, em 2011, foi preenchido por grupos extremistas que ajudaram a derrubar o ditador, e continuam desafiando a autoridade do Estado. “No passado, os incidentes de segurança eram limitados, isolados e raros. Mas agora os confrontos envolvem dois grupos que usam armamento pesado. Cada grupo tem seus próprios aliados espalhados por outras regiões do país”, acrescentou o embaixador.

Em resposta ao caos no país, o Conselho de Segurança aprovou nesta quarta-feira uma resolução pedindo um cessar-fogo imediato e sancionando grupos e indivíduos que ameaçam a paz e a estabilidade no país. Os nomes das pessoas e empresas sujeitas a punições ainda serão definidos. “Todas as partes precisam se mostrar dispostas a fazer parte de um diálogo inclusivo e que terá como objetivo a restauração da estabilidade e o alcance de um consenso sobre as próximas etapas a serem tomadas na formação de um governo de transição na Líbia”, diz o texto aprovado por unanimidade.

O enviado especial das Nações Unidas para a Líbia, Tarek Mitri, disse que a situação é “preocupante”. “A ameaça da propagação de grupos terroristas tornou-se real. A caótica situação de segurança e a capacidade muito limitada do governo para conter essa ameaça criou um terreno fértil para um perigo crescente na Líbia e nos arredores”.

Caos político – Uma eleição foi realizada em junho com o objetivo de reconstruir as instituições do país, mas o caos ainda impera. Mas o Congresso Geral Nacional (GNC), onde os islâmicos tinham força, recusou-se a admitir a legitimidade da assembleia que o sucedeu, a Câmara dos Deputados, dominada por liberais e federalistas.

Na segunda-feira, o GNC se reuniu e escolheu Omar al-Hasi como novo primeiro-ministro. Na prática, a escolha deixou o país com dois líderes e duas assembleias rivais, cada uma delas apoiadas por grupos armados. “A Câmara dos Deputados é o único órgão legítimo da Líbia”, afirmou o primeiro-ministro Abdullah al-Thinni, reforçando que a decisão do GNC não tem validade. Os integrantes da Câmara se reúnem em Tobruk, no leste do país, longe dos confrontos em Trípoli e Bengasi.

O GNC se reuniu depois que facções da cidade de Misrata, no oeste, forçaram um grupo rival de Zintan a sair do aeroporto de Trípoli, depois de um mês de hostilidades. Em 2011, os dois lados uniram-se contra Kadafi, mas agora lutam um contra o outro pelo poder de explorar o petróleo no país. O grupo de Misrata, que pediu ao GNC que voltasse ao trabalho, é chefiado por Salah Badi, ex-parlamentar islâmico linha-dura conhecido por recorrer a outros meios quando a política não segue sua vontade. A facção de Zintan é contrária ao antigo Parlamento.

Fonte: Veja

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