Laudo aponta cocaína no organismo de modelo morta ao colocar silicone

Polícia
Um laudo toxicológico divulgado pelo Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, apontou a existência de cocaína no organismo da modelo Louanna Adrielle Castro. A jovem de 24 anos morreu no dia 1º de dezembro do ano passado, em Goiânia, durante uma operação para colocar prótese de silicone nos seios.

As análises químicas foram divulgadas na quinta-feira (10). Segundo o documento, além da droga, outras três substâncias foram encontradas no corpo da jovem. Na época da morte, uma das causas apontadas pelo médico do hospital onde Louanna morreu é que ela teria usado a droga antes do procedimento.

O primeiro exame feito no organismo da modelo, em janeiro deste ano, não tinha acusado nenhum tipo de droga ou bebida alcoólica. Apesar do resultado, o delegado responsável pelas investigações, Fernando de Oliveira, informou que o laudo não é conclusivo e somente o exame cadavérico, que não tem data para ficar pronto, irá apontar o que provocou a morte da vítima.

O advogado da família de Louanna, Mário Ibrahim, disse que a família não irá comentar o resultado do laudo.

Morte
Louanna é de Jataí, no sudoeste de Goiás e já havia sido eleita Miss Jataí Turismo. Ela morreu após iniciar o procedimento cirúrgico para colocar prótese de silicone nos seios, no Hospital Buriti, no Parque Amazônia, em Goiânia.

Em depoimento na época, a médica anestesista Beatriz Vieira Espíndola, que participou da cirurgia na modelo, detalhou a intervenção da equipe médica para ressuscitar a paciente, que sofreu duas paradas cardíacas. Ela disse que durante a operação a paciente teve reações que poderiam ser comuns a pessoas que já usaram algum tipo de droga. A suspeita de uso de cocaína e ecstasy constou no relatório médico encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

A suposição da anestesista chocou família e amigos da vítima, que negaram que a modelo fizesse o uso de álcool ou entorpecentes. “Muitos filhos fazem isso escondido dos pais [usam drogas], mas eu falo pelo caráter dela e por todos os amigos que conhecem ela e sabem que isso não é verdade. Eles vão ter que provar isso”, contestou a mãe de Louanna em entrevista à TV Anhanguera em dezembro.

Desde a morte da jovem, a família dela cobra o exame cadavérico para a conclusão do inquérito. A mãe de Louana, Dênia Castro, chegou a reclamar da demora: “É muita enrola. Quero saber o que aconteceu com minha filha”, afirmou ao G1.

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