Imprensa afegã afirma que 3 mil pessoas podem ter sido soterradas por deslizamento

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O total de pessoas soterradas pelo deslizamento na província de Badakhshan, no Afeganistão, poderá chegar a 3.000, afirmou no sábado (3) a imprensa local.

Conforme noticiado pelo canal afegão Tolo News, o incidente já deixou mais de 2.500 mortos. Entretanto, autoridades locais teriam informado aos meios que cerca de 3.000 estão desaparecidos, e provavelmente foram soterradas pelo deslizamento.

De acordo com o governador de Badakhshan, Shah Wali Adib, pelo menos 300 famílias inteiras estão debaixo da lama.

—Tentamos resgatá-los, mas a lama [que cobriu a cidade] tem mais de 50 metros de espessura.

As buscas por sobreviventes foram interrompidas no sábado devido a dificuldade de se efetuar o resgate na região. O governo declarou a área como um “cemitério coletivo”. O gabinete da presidência afegã determinou luto nacional neste domingo (4) em honra às vítimas do deslizamento.

A tragédia aconteceu no distrito de Argo da província de Badakhshan, uma região pobre e montanhosa localizada na fronteira com Tadjiquistão, China e Paquistão, e relativamente poupada da violência dos insurgentes talibãs.

O deslizamento de toneladas de lama e pedras foi causado por uma chuva torrencial, e desceu por um vale até a localidade de Aab Bareek, onde viviam centenas de famílias.

As equipes de resgate trabalharam por horas para remover os escombros de 350 a 400 casas, com a esperança de encontrar sobreviventes.

“Perdi minha irmã, minha casa ficou parcialmente destruída. Tornou-se quase impossível retirar as vítimas dos escombros. As pessoas decidiram rezar e transformar este lugar em um cemitério”, comentou Noor Mohammad, 45.

O perigo de novos deslizamentos interrompeu os esforços dos socorristas.

Os sobreviventes de Aab Bareek, cerca de 4 mil pessoas, tiveram que se refugiar em um povoado vizinho.

“As pessoas precisam de comida, abrigo, atendimento médico. Perderam tudo”, disse à AFP uma fonte dos serviços de emergência.

Um porta-voz do PMA (Programa Mundial de Alimentos), Wahidullah Amani, declarou à AFP que uma equipe desta agência foi ao local neste sábado (3) “para avaliar a situação, e levou rações alimentares, que serão distribuídas entre a população”.

Dois deslizamentos em uma hora

Segundo o vice-governador da província, “o povoado foi atingido por dois deslizamentos no intervalo de uma hora”. O primeiro atingiu, principalmente, “moradores que estavam em duas mesquitas para a oração das sextas-feiras”, e o segundo, “aqueles que prestavam socorro”.

O chefe de Estado afegão, Hamid Karzai, expressou uma “tristeza profunda” por causa da catástrofe, e ordenou o envio de ajuda urgente à região.

O vice-presidente afegão, Karim Jalili, visitou o local da catástrofe para avaliar suas necessidades. Uma cerimônia religiosa estava prevista para hoje.

Em Washington, o presidente americano, Barack Obama, ofereceu ajuda às autoridades afegãs, após o que chamou de “tragédia terrível”.

O drama aconteceu uma semana depois de enchentes súbitas que deixaram 100 mortos no norte do país, já destruído por três décadas de guerra, e que está entre os mais pobres do mundo.

Fonte: R7

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