EL PAÍS

Google funde seus poderosos laboratórios de inteligência artificial em corrida comercial

Tecnologia

Os executivos do Google estão um tanto deslocados há meses. O surgimento em novembro do ChatGPT, o popular chatbot OpenAI, roubou o status de empresa líder em inteligência artificial (IA) da gigante de Palo Alto, uma bandeira que manteve por décadas. A firme aposta da Microsoft na OpenAI, que desenvolveu uma versão do ChatGPT para o buscador Bing, obrigou o Google a tomar medidas para não ficar para trás. Se em fevereiro apresentou o Bard, seu próprio chatbot conversacional, ontem fez outro anúncio relevante: seus dois grandes laboratórios de pesquisa em IA, o Google Brain e o DeepMind, estão se fundindo em uma única organização.

O movimento é muito significativo. Vários dos melhores cientistas do mundo nesta disciplina trabalham em uma das duas empresas. O Google Brain é responsável pela maioria dos aplicativos relacionados à IA que aparecem nos produtos e serviços do Google, desde o mecanismo de triagem do Gmail até o tradutor ou o navegador. As redes neurais também foram desenvolvidas lá transformadorum modelo de aprendizado profundo que tem sido fundamental no desenvolvimento do processamento de linguagem natural (um campo em que chatbots como o ChatGPT se enquadram) ou visão computacional.

O novo grupo se chamará Google DeepMind e será liderado por Demis Hassabis, o discreto gênio da computação que até agora comandava o DeepMind. “Combinar todo esse talento em uma única equipe, que será apoiada pelos recursos de computação do Google, vai acelerar significativamente nosso progresso em IA”, disse o CEO da Alphabet (mãe do Google), Sundar Pichai, em comunicado divulgado ontem.

O movimento é marcante porque o próprio Pichai vinha insistindo nas últimas semanas na necessidade de a indústria operar com cautela na corrida pela IA generativa. Estamos perante uma tecnologia com “potencial” para fazer muitos estragos, diz, e a Google optou por “ser muito responsável” nos seus desenvolvimentos. Isso foi expresso em várias entrevistas, a última das quais foi último fim de semana na CBS.

Mas essas considerações parecem ter se dissipado repentinamente. A faísca que desencadeou a decisão de aumentar a aposta na IA pode ter a ver com a Samsung. De acordo com avanço O jornal New York Times No último final de semana, a empresa de tecnologia coreana, maior fabricante mundial de celulares, cogitava substituir o Google pelo Bing como mecanismo de busca padrão para seus aparelhos. Nos escritórios do Google eles sabem disso desde março, garante a informação. E, se consumado, pode significar perder cerca de 3 bilhões de dólares por ano.

Essa ameaça aos seus resultados fez com que o Google acelerasse outro projeto que tinha em mãos. Batizado de Magi, é um buscador diferente do Bard para lidar com o Bing da Microsoft. Ele oferecerá uma experiência de usuário mais personalizada do que a pesquisa tradicional do Google e aprenderá com as pesquisas anteriores. Ele vai interagir com ele por meio de conversas, como já acontece com o Bing, e “tentará antecipar as necessidades dos usuários”, diz. O jornal New York Times.

Você pode sentir as máquinas?

O verão de 2022 foi, de certa forma, uma premonição do que iria acontecer nos meses seguintes. O Google então tinha várias frentes abertas relacionadas às grandes questões que nos fazemos hoje sobre IA. Esses sistemas serão capazes de igualar ou superar a inteligência humana? Os chatbots realmente entendem o que dizemos a eles?

O engenheiro Blake Lemoine, encarregado de realizar uma série de testes no chatbot LaMDA, garantiu em um relatório publicado por The Washington Post que a ferramenta que ele estava analisando tornou-se consciente de si mesma. “Se eu não soubesse que era um programa de computador que desenvolvemos recentemente, teria pensado que estava falando com uma criança de sete ou oito anos com formação em física”, disse ele. Em entrevista ao EL PAÍS, aquele que havia sido seu chefe, Blaise Agüera, defendeu a demissão de Lemoine por divulgar documentos internos e mostrou sua rejeição aos postulados do engenheiro, embora admitisse que esse tipo de debate se tornaria cada vez mais complicado .

Um ano antes, a empresa demitiu os chefes da equipe de Ethical AI depois que eles publicaram um artigo científico alertando sobre o lado negro dos grandes modelos de linguagem, aqueles por trás dos chatbots.

você pode seguir O PAÍS Tecnologia em Facebook y Twitter ou cadastre-se aqui para receber nossos newsletter semanal.

Fonte:EL País / Tecnología

Compartilhe este post
Sabores da TerraCasa da Roca e PetCitopatologista Dra JosileneAri ClinicaAfonsinho AmaranteMegalink AmaranteFinsolComercial Sousa Netoclinica e laboratorio sao goncaloCetec AmaranteEducandario Menino JesusMercadinho AfonsinhoAlternância de BannersPax Uni~ão AmarantePax Uni~ão AmaranteDr. JosiasPier RestobarPax Uni~ão AmaranteHospital de OlhosIdeal Web, em AmaranteSuper CarnesInterativa