“Matar a saudade dos amigos”, esta talvez tenha sido a frase mais pronunciada entre os atletas dos times Fim de Vida e Pé na Cova durante o amistoso realizado em Amarante no entardecer deste sábado, 25.
Pela terceira vez consecutiva os grandes nomes do futebol amarantino das décadas de 50, 60 e 70 se encontram anualmente para uma calorosa confraternização. Este ano o público superou em quantidade e interatividade com os jogadores em campo, numa partida com dois tempos de 15 minutos, apitada pelo árbitro amarantino J. Vilarinho.
A quantidade de atletas também foi superada em relação a 2014. Este ano foi realizado um quadrangular, e ainda com reservas. Fim de Vida 2 venceu o Pé na Cova 2 por 3×1; em seguida, o Fim de Vida 1 venceu o Pé na Cova 1 por 2×1. O embate final se deu entre os times Fim de Vida 1 e Fim de Vida 2, vencendo este último por 2×1.
As penacovedetes (torcedoras do Pé na Cova) e as findevidetes (torcedoras do Fim de Vida) animaram o público presente durante os três jogos. “É uma alegria muito grande um momento como este. Tudo isso é superinteressante! Eu encontrei pessoas aqui que eu não as via há 30, 40 anos”, afirmou o coronel Walke Prado, da Polícia Militar.
Para o comerciante Chico Moreno, a alegria do evento é contagiante. Ele assegura ainda que a tendência é ter uma amplitude maior com a participação de mais adolescentes a cada ano. “Pela idade que temos, um encontro como este é um momento de descontração para toda a cidade, um incentivo cultural.”
“Foi lindo o evento, é bom que ele possa ter continuidade nos próximos anos”. “Tem nove anos que não venho a Amarante, mas vim ter a certeza do quanto vale a pena uma iniciativa como esta”, afirmou o casal Maria de Jesus Ribeiro e Mineu de Oliveira, respectivamente. Ambos assistiram pela primeira vez a confraternização entre os ex-atletas.
Pelo acompanhamento nos anos anteriores e pelo suporte como veículo de Comunicação na divulgação do evento, o portal Somos Notícia foi homenageado e recebeu dos organizadores uma medalha de honra ao mérito. Figuras ilustres no esporte local foram também homenageadas, a exemplo da desportista Fátima Freitas.
Para o major da Aeronáutica, Antonio Soares (o Tota), um dos organizadores do evento, relembrar os tempos de adolescente é muito bom, mas é melhor sentir-se criança. “Este evento é a cada ano uma surpresa agradável. Eu me sinto realizado com este acontecimento. Hoje me senti uma criança que jogou pela primeira vez. Aqui não se fala em competição, mas em um encontro para matar a saudade dos velhos amigos. A gente vê em nós e no público a felicidade”
“Tudo vale a pena quando o intuito é colaborar para o crescimento cultural dos jovens da nossa Amarante. Todo o trabalho é prazeroso e estamos já pensando em novas estratégias para o próximo ano.”, encerra o escritor e organizador do evento, Luís Alberto Soares.
Fotos: Leomar Duarte e Denison Duarte
