No bairro Vale Quem Tem, Zona Leste de Teresina, a comunidade está consternada com a morte de Marcos Vinicius, um estudante de 17 anos, que foi vítima de tiros na escola Professor Antônio Tarcísio. Amigos e familiares acreditam que o jovem foi morto por engano, deixando todos em busca de justiça.
Francisco Neto, líder comunitário do residencial Árvores Verdes, onde o adolescente vivia, descreve a situação como uma briga de facção que resultou na morte acidental de um jovem promissor. Ele enfatiza a necessidade de ações por parte da polícia e do estado para garantir a segurança da população, que se encontra vulnerável.
“Isso aí é briga de facção, mataram ele por engano. Ele era um ótimo garoto. A polícia tem que fazer algo, o estado tem que pôr segurança, a gente fica a mercê dessa insegurança. Pedimos uma escola para nosso bairro”, afirmou o líder comunitário.
Um amigo de Marcos que estava na escola no momento do trágico incidente compartilhou seu medo de retornar ao local e mencionou a intenção de cancelar sua matrícula no colégio, uma decisão que outros colegas também consideram. A comunidade está assustada e em luto, pois o sonho de Marcos foi interrompido de forma abrupta.
“Eu estava jogando bola na hora, os caras entraram e atiraram nele, eu escutei apenas os tiros da quadra. Eu tenho medo de voltar pra escola, acho que vou cancelar minha matrícula. Já tenho 4 colegas que disseram que vão fazer o mesmo”, relatou.
“O Marcos trabalhava de dia com higienização e, à noite, ele estava estudando para criar um futuro. Sempre ajudou a mãe e em casa. Ele tinha sonhos e eles foram mortos”, declarou a mãe de um estudante na escola Professor Antônio Tarcísio, que preferiu não se identificar.
Familiares, amigos e estudantes da escola estão se unindo para realizar um protesto na quinta-feira (9), em busca de respostas e justiça para esse terrível acontecimento que abalou a região. O caso de Marcos Vinicius revela a necessidade de atenção às questões de segurança e à violência nas comunidades de Teresina.
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