As constantes quedas no fornecimento de energia têm levado de forma exaustiva os consumidores a ligarem para o serviço de ouvidoria da empresa, assim como, a fazerem reclamações no escritório, que fica em Amarante e/ou em Teresina.
Somente nesta terça-feira, 24, o fornecimento de energia foi interrompido por quatro vezes durante o dia, e, segundo os consumidores, sem nenhuma explicação das ocorrências. As denúncias apontam também para faltas diárias de energia em horários que, de acordo com a população de Amarante, “parecem estar definidos pela Eletrobras”.
“É um absurdo! Só hoje a energia faltou quatro vezes em horários diferentes dos dias anteriores. Em duas dessas vezes o computador estava ligado”, disse o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais(Str), Leomar Duarte. Questionado acerca do uso necessário do nobreak, sua resposta foi imediata: “Não há nobreak que resista. Aqui nós temos nobreaks em todos os computadores, mas nenhum deles suporta mais essa deficiência da Eletrobras”. O secretário ao referir-se aos equipamentos faz alusão aos danos e prejuízos a que são submetidos sem nenhuma reparação por parte da empresa.
A empreendedora Fátima Durães, da Churrascaria Maranhão, em Amarante, diz não saber mais o que fazer com tantas perdas ocasionadas pelas faltas de energia. “Aqui, eu já perdi sorvetes, carnes, comidas, bebidas e ninguém toma nenhuma providência; já denunciei muito, mas não adianta reclamar”. Ao afirmar, a empreendedora manifesta sua indignação com a empresa especificamente pela má qualidade do serviço executado.
No início de setembro, moradores dos bairros Parque Vitória, Betinha e Angelim, em Teresina, fizeram uma manifestação interditando a Avenida Frei Serafim, num protesto contra a Eletrobrás pela má qualidade nos serviços prestados por ela, o que levou o Procon a processá-la administrativamente para apuração das denúncias.
Notificada, a empresa ficou de prestar esclarecimentos quanto as denúncias de má prestação de serviços e apresentar sua defesa, além de ter que entregar ao órgão uma proposta de regularização do problema, sob pena de aplicação de penalidade administrativa consistente em multa e da propositura de Ação Civil Pública.