Dólar cai 2,89% e vai abaixo de R$ 2,20 após decisão do Fed

Geral
O dólar recuou quase 3 por cento e fechou abaixo de 2,20 reais pela primeira vez desde o fim de junho nesta quarta-feira, após o Federal Reserve surpreender investidores ao manter o ritmo do programa de compra de títulos.

A moeda dos Estados Unidos perdeu 2,89 por cento, para 2,1942 reais na venda. É o menor nível para a divisa desde 26 de junho, quando ficou em 2,1894 reais. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 800 milhões de dólares, bem abaixo da média diária de setembro de 1,3 bilhão de dólares.

"Era esse o temor, e o temor se confirmou: o Fed está se sentindo muito inseguro para fazer essa redução e deve ser mais acomodativo", disse o economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank, Jankiel Santos.

O Fed afirmou nesta quarta-feira que continuará comprando títulos ao ritmo de 85 bilhões de dólares por mês por enquanto, expressando preocupação de que um forte aumento nos custos de empréstimo nos últimos meses possa pesar sobre a economia.

O impacto da decisão foi sentido em boa parte dos mercados financeiros globais. O Dollar Index, que mede o desempenho do dólar ante uma cesta de divisas, perdia 1,14 por cento, enquanto o euro avançava 1,15 por cento em relação à divisa norte-americana.

Nos mercados emergentes, o otimismo foi generalizado. O dólar australiano ganhava 1,80 por cento ante a moeda dos EUA. O dólar perdia mais de 2 por cento ante o peso mexicano.

"No curto prazo, o cenário é obviamente positivo para ativos de mercados emergentes. Esse será o tema nos próximos dias já que o mercado começa a ajustar as expectativas para um ritmo mais gradual de aperto", afirmou o economista-chefe para mercados emergentes do Capital Economics, Neil Shearing.

No entanto, não é certo se essa tendência de depreciação do dólar vai perdurar. Para um operador de banco nacional, o comportamento do mercado de câmbio deve depender, em grande parte, da postura do BC brasileiro diante desse movimento.

"Acredito que as injeções diárias devem continuar até o fim do ano. E dependendo da demanda por swap, talvez o BC pare de rolar os contratos que estão para vencer", afirmou.

No dia 1º de novembro, vencem 8,87 bilhões de dólares em contratos de swap cambial tradicional –equivalente a venda futura de dólares– que o BC pode escolher substituir por vencimentos mais longos.

Mais cedo, a autoridade monetária realizou dois leilões de swap tradicional: um previsto no cronograma de intervenções diárias do BC e outro com a finalidade de rolar papéis que vencem em 1º de outubro deste ano.

No primeiro, foi vendida a oferta total de 10 mil contratos com vencimento em 3 de fevereiro de 2014, com volume financeiro equivalente a 497 milhões de dólares. No segundo, foram vendidos todos os 55,3 mil contratos ofertados, distribuídos entre os vencimentos de 1º de abril de 2014, 1º de julho de 2014 e 1º de outubro de 2014. O volume financeiro equivalente da operação foi de 2,718 bilhões de dólares.

"Acho que os leilões dão um fôlego para a valorização do real, especialmente em momentos quando o mercado tende a operar com uma liquidez reduzida no compasso de espera do Fed", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

O BC anunciou para quinta-feira a próxima intervenção, ofertando entre 9h30 e 9h40 10 mil contratos de swap tradicional com vencimento em 3 de fevereiro de 2014. O resultado será conhecido a partir das 9h50.
O dólar recuou quase 3 por cento e fechou abaixo de 2,20 reais pela primeira vez desde o fim de junho nesta quarta-feira, após o Federal Reserve surpreender investidores ao manter o ritmo do programa de compra de títulos.

A moeda dos Estados Unidos perdeu 2,89 por cento, para 2,1942 reais na venda. É o menor nível para a divisa desde 26 de junho, quando ficou em 2,1894 reais. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 800 milhões de dólares, bem abaixo da média diária de setembro de 1,3 bilhão de dólares.

"Era esse o temor, e o temor se confirmou: o Fed está se sentindo muito inseguro para fazer essa redução e deve ser mais acomodativo", disse o economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank, Jankiel Santos.

O Fed afirmou nesta quarta-feira que continuará comprando títulos ao ritmo de 85 bilhões de dólares por mês por enquanto, expressando preocupação de que um forte aumento nos custos de empréstimo nos últimos meses possa pesar sobre a economia.

O impacto da decisão foi sentido em boa parte dos mercados financeiros globais. O Dollar Index, que mede o desempenho do dólar ante uma cesta de divisas, perdia 1,14 por cento, enquanto o euro avançava 1,15 por cento em relação à divisa norte-americana.

Nos mercados emergentes, o otimismo foi generalizado. O dólar australiano ganhava 1,80 por cento ante a moeda dos EUA. O dólar perdia mais de 2 por cento ante o peso mexicano.

"No curto prazo, o cenário é obviamente positivo para ativos de mercados emergentes. Esse será o tema nos próximos dias já que o mercado começa a ajustar as expectativas para um ritmo mais gradual de aperto", afirmou o economista-chefe para mercados emergentes do Capital Economics, Neil Shearing.

No entanto, não é certo se essa tendência de depreciação do dólar vai perdurar. Para um operador de banco nacional, o comportamento do mercado de câmbio deve depender, em grande parte, da postura do BC brasileiro diante desse movimento.

"Acredito que as injeções diárias devem continuar até o fim do ano. E dependendo da demanda por swap, talvez o BC pare de rolar os contratos que estão para vencer", afirmou.

No dia 1º de novembro, vencem 8,87 bilhões de dólares em contratos de swap cambial tradicional –equivalente a venda futura de dólares– que o BC pode escolher substituir por vencimentos mais longos.

Mais cedo, a autoridade monetária realizou dois leilões de swap tradicional: um previsto no cronograma de intervenções diárias do BC e outro com a finalidade de rolar papéis que vencem em 1º de outubro deste ano.

No primeiro, foi vendida a oferta total de 10 mil contratos com vencimento em 3 de fevereiro de 2014, com volume financeiro equivalente a 497 milhões de dólares. No segundo, foram vendidos todos os 55,3 mil contratos ofertados, distribuídos entre os vencimentos de 1º de abril de 2014, 1º de julho d
e 2014 e 1º de outubro de 2014. O volume financeiro equivalente da operação foi de 2,718 bilhões de dólares.

"Acho que os leilões dão um fôlego para a valorização do real, especialmente em momentos quando o mercado tende a operar com uma liquidez reduzida no compasso de espera do Fed", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

O BC anunciou para quinta-feira a próxima intervenção, ofertando entre 9h30 e 9h40 10 mil contratos de swap tradicional com vencimento em 3 de fevereiro de 2014. O resultado será conhecido a partir das 9h50.

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