O trabalho demonstra potencial para o tratamento de glândulas com mau funcionamento que causam as síndromes de ‘olho seco’ ou ‘boca seca’, que afetam dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo, afirmaram.
Uma equipe chefiada por Takashi Tsuji, da Universidade de Ciência de Tóquio, criou as glândulas em para produzir células precursoras e transplantaram os órgãos primitivos nos camundongos.
As duas glândulas transplantadas se ligaram ao tecido adjacente, conectando-se a dutos e fibras nervosas, afirmaram.
As glândulas lacrimais produziram lágrimas e a glândula salivar respondeu normalmente ao estímulo da comida, além de proteger os camundongos de infecções orais.
As glândulas funcionaram no longo prazo, o que nos ratos corresponde ao marco de 18 meses, acrescentaram os pesquisadores.
A falha em lubrificar a pálpebra, uma condição denominada xerose corneal, pode ser perigosa para a visão.
Milhões de pessoas têm xerostomia, caracterizada pela falta de saliva, que pode levar a problemas de deglutição e a infecções na boca, destacou o estudo.
‘Alguns problemas precisam ser resolvidos até que o uso de glândulas secretoras bio-manipuladas se torne factível’, alertou a equipe de Tsuji, indicando a necessidade de construir um banco de células-tronco apropriado.
O artigo é publicado na revista científica Nature Communications.