Ao redor do mundo, cidades inteiras estão se tornando mais conectadas, digitais e informatizadas para manter aspectos de sustentabilidade econômica, social, governabilidade e preservação ambiental.
As administrações públicas estão cada vez mais sob pressão de organizar a vida de grandes quantidades de pessoas, e isso gera novos desafios para serviços como saúde, transporte, segurança, educação, infraestrutura, saneamento básico, coleta e reciclagem de lixo, divulgação de informações ao público (e, mais do que isso, combate às informações falsas – as chamadas “fake news”), etc.
Mas, o que é que isso tem a ver com a sua vida, a sua rotina?
A explosão da população urbana mundial
Segundo um relatório da Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC), a quantidade de pessoas vivendo em áreas urbanas em todo o mundo vai aumentar para 72% até 2050.
Para lidar com essa imensa demanda cada vez mais crescente, os vários serviços de uma cidade vão precisar usar cada vez mais aspectos da Internet das Coisas (IoT), interconectando recursos de tecnologias inovadoras com infraestruturas existentes para administrar, com mais eficiência, todos esses pontos.
Em Doha (capital do Catar), por exemplo, o desenvolvimento de sistemas digitais integrados está em processo de aprimoramento para que o transporte e outros serviços essenciais possam lidar com o aumento da população urbana – em grande parte, movido pelo fator de que a cidade vai sediar a Copa do Mundo de 2022.
Os principais desafios da IoT
Apesar de oferecer várias facilidades e vantagens para o gerenciamento das cidades, essa nova rede de recursos administrativos digitais traz, consigo, novos desafios – como manter um nível adequado de segurança cibernética para proteger os próprios cidadãos.
Qual o nível de segurança, confiabilidade e integridade desses sistemas? Será que as pessoas podem se sentir confiantes ao utilizar sistemas integrados de pagamentos de passagens, dados de saúde e históricos de compras e pagamentos de impostos e taxas?
Infelizmente, a resposta para essa pergunta é que elas só podem ter segurança em um nível ainda muito abaixo do desejável.
Por exemplo: em 2017, hackers ativaram 156 alertas meteorológicos (usados para avisar sobre possíveis desastres naturais e preparar a população civil e mobilizar serviços essenciais) em Dallas, causando um congestionamento nos serviços de emergência – e, claro, esses alertas eram todos falsos. Imagine o pânico causado por essa ação.
Ainda em 2014, pesquisadores da Universidade de Michigan, em testes, invadiram semáforos de 100 cruzamentos importantes da cidade, mostrando o quanto o sistema eletrônico era vulnerável e como pessoas mal intencionadas poderiam usar isso de forma trágica, contra a segurança das próprias pessoas.
Com a IoT e as tecnologias 5G, esses sistemas ficam cada vez mais integrados e, assim, abrem ainda mais portas de ação para criminosos cibernéticos.
As maiores vulnerabilidades dos sistemas integrados
Esses sistemas são vulneráveis e isso não é nenhum segredo. Problemas de segurança em torno de recursos de IoT, como falta de criptografia adequada e correções dinâmicas nas falhas de segurança, são coisas bem conhecidas.
E a maioria desses problemas persiste, mesmo que muitos desses problemas já possam ser solucionados.
No entanto, sem exigências de segurança adequada e legislações específicas em vigor, os fabricantes continuam lançando dispositivos e sistemas que saem das linhas de produção com várias falhas – e eles são usados nos recursos de integração digital dessas cidades.
As principais vulnerabilidades desse sistema consistem em níveis inadequados de criptografia dos dados e blindagem contra invasões.
Aprimorando a segurança cibernética
Por exemplo: a Comissão Eletrotécnica Internacional lidera o desenvolvimento de padrões de qualidade e segurança para os recursos integrados usados nas cidades inteligentes – e a criação desses padrões técnicos de qualidade ajuda a obrigar os fabricantes de dispositivos a criar mecanismos de proteção mais adequados.
A primeira regulação de certificações de segurança cibernética para dispositivos IoT foi apoiada pelos membros do Parlamento Europeu e será certificada pela Agência da União Europeia para Segurança da Informação em Rede.
Essa legislação pode servir como padrão e inspiração para outros lugares do mundo.
Os recursos de IoT oferecem imensos potenciais e vantagens não só para indivíduos em suas residências, mas para empresas, indústrias, setores públicos de gerenciamento e serviços essenciais – como educação, saúde, segurança, infraestrutura, transporte, serviços médicos de emergência, etc.
Há um imenso potencial de compartilhar informações e facilitar processos – mas tudo isso deve vir acompanhado de bons níveis de segurança para esses sistemas.
A importância de uma VPN
Mesmo que aprimorar o nível de segurança seja uma responsabilidade das empresas que produzem os dispositivos, nós, enquanto usuários, podemos tomar uma série de medidas para melhorar a segurança das nossas redes, dispositivos e informações.
Dentre os comportamentos mais simples (como ter um ótimo antivírus, firewall e evitar links, websites e e-mails suspeitos), fazer o download de uma boa VPN ajuda a melhorar a criptografia dos seus dados, manter a integridade da sua rede (e de todos os dispositivos ligados a ela) e evitar invasões e ameaças internas e externas.
Faça o download de uma VPN adequada ao sistema operacional e ao dispositivo que você utiliza.
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