Os moradores do assentamento Chapada do Bacuri, na zona rural de Amarante, tem convivido durante mais de 1 ano com falta d’água. O poço, cuja manutenção é feita pela Prefeitura de Amarante, apresentou defeito e não foi consertado, mesmo com o apelo dos moradores.
A comunidade possui 22 famílias, que têm convivido com os maiores desafios provocados pela escassez de água na região. Além de percorrerem 6 Km em busca de água para o consumo, os assentados dizem que é comum crianças adoecerem por falta de água tratada no dia a dia.
Entristecida, a presidente da associação, Marinalda Soares, diz que o descaso é muito grande com os moradores. Ela afirma ainda que, se quiserem beber, todos têm que ir buscar água utilizando moto, bicicleta ou até mesmo fazer o percurso a pé. Para quem estuda, ir à escola já não está mais entre as prioridades, segundo as mães, pois falta água para o asseio diário e principalmente para lavar roupas. “Além do mais, as crianças tomam banho em um barreiro como animais. A água é suja como se fosse lama.”
“Estivemos com o prefeito Luiz Neto e ele nos disse que não ia resolver o nosso problema, pois a gente tinha que se virar”, afirmou a presidente. Os assentados se dizem esquecidos pelo Poder Público municipal e que toda forma de ajuda se dá entre os moradores.
“Estamos cansados desta vida, e já não aguentamos mais, principalmente por causa da enorme distância onde pegamos água. Por este motivo, não dá para fazer mais de três viagens por dia”, lamenta uma moradora, que preferiu não ser identificada.
BARREIRO UTILIZADO PARA O BANHO DAS CRIANÇAS
ÁGUA OBTIDA COM UTILIZAÇÃO DE VEÍCULO (MOTO)
A ÁGUA DÁ PARA POUCO TEMPO DE CONSUMO NA FAMÍLIA
” DE MOTO, A VIAGEM É RÁPIDA. ÁS VEZES FALTA O COMBUSTÍVEL”
ÁGUA SUJA UTILIZADA PARA O CONSUMO
MORADOR MOSTRA AS CONDIÇÕES DA ÁGUA QUE VAI BEBER
IDOSOS SE QUEIXAM DA ÁRDUA TAREFA DO DIA A DIA
Edição e postagem: Denison Duarte
Fotos: Leomar Duarte
