Clara Oliveira, uma carioca de 25 anos que vive no Chile, passou por momentos de terror ao ser atacada por uma matilha de cães de rua em São Pedro de Atacama. Ela foi salva por um transeunte que espantou os animais e a levou ao hospital, onde precisou de transfusão de sangue e pontos em todo o corpo. Este foi o segundo caso grave de ataque de cães de rua na cidade em menos de três anos, sendo que o primeiro resultou na morte de uma jovem.
O incidente gerou polêmica na cidade, que tem cerca de 4.500 cachorros, entre os de rua e domésticos. A prefeitura pediu a eutanásia dos animais agressivos, alegando que se trata de um problema de saúde pública e que é preciso prevenir novos ataques. No entanto, moradores se opuseram à medida, afirmando que a maioria dos cães não é violenta e que a culpa é dos donos que os abandonam. A cidade lançou uma campanha de castração, incentivando a posse responsável de animais para controlar a população de cães de rua.
Clara, que trabalha como vendedora de passeios turísticos e mora há dois anos na cidade, está se recuperando em casa e defende medidas preventivas para evitar futuros ataques. Ela expressou gratidão ao desconhecido que a resgatou e destacou a necessidade de ação comunitária e municipal para garantir a segurança dos residentes. Ela também disse que espera voltar a trabalhar em breve e que não guarda rancor dos cães. “Eles são vítimas da situação, assim como eu”, afirmou.
