O líder dos EUA pediu ao Congresso que proíba as armas de assalto após o último tiroteio em massa, que deixou nove mortos.
O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu ao Congresso que aprove leis de controle de armas após outro tiroteio em massa que deixou nove mortos, incluindo o atirador, em um shopping do Texas no sábado.
O presidente democrata renovou os pedidos no domingo para que o Congresso proíba armas de assalto e pentes de alta capacidade, bem como decrete verificações universais de antecedentes e acabe com a imunidade para fabricantes de armas. Há poucas chances de que a Câmara e o Senado, que estão divididos estreitamente, aprovem essa legislação, embora as pesquisas mostrem que a maioria das pessoas nos Estados Unidos apóia a verificação de antecedentes.
“Mais uma vez peço ao Congresso que me envie um projeto de lei proibindo armas de assalto e pentes de alta capacidade. Promulgar verificações de antecedentes universais. Exige armazenamento seguro. Acabar com a imunidade dos fabricantes de armas”, disse Biden em um comunicado.
“Vou assinar imediatamente. Não precisamos de nada menos para manter nossas ruas seguras”, acrescentou.
Biden, que já fez apelos semelhantes antes, disse que o agressor do shopping Allen Premium Outlets em Allen, um subúrbio ao norte de Dallas, usava equipamento tático e estava armado com uma arma de assalto estilo AR-15.
“Muitas famílias têm cadeiras vazias em suas mesas de jantar”, continuou ele. “Os membros republicanos do Congresso não podem continuar a enfrentar esta epidemia com indiferença. Pensamentos e orações tuitados não são suficientes.”
O atirador matou oito pessoas, incluindo crianças, e feriu pelo menos sete, antes que um policial o matasse, disse a polícia no sábado.
Tiroteios em massa se tornaram comuns nos EUA, com pelo menos 199 até agora em 2023, o maior número neste momento desde pelo menos 2016, de acordo com o Gun Violence Archive. O grupo sem fins lucrativos define um tiroteio em massa como aquele em que quatro ou mais pessoas são feridas ou mortas, não incluindo o atirador.
Até a manhã de domingo, a polícia não havia divulgado detalhes sobre a identidade do suspeito ou um possível motivo. A identidade das vítimas também não foi divulgada.
“Não temos nada que estejamos prontos para liberar neste momento”, disse o sargento Jonathan Maness, do Departamento de Polícia de Allen, à Reuters. “São muitas partes móveis aqui.”
Autoridades disseram que três pessoas transportadas para hospitais da região estavam em estado crítico no sábado, enquanto quatro haviam se estabilizado.
A tragédia em Allen, que aconteceu pouco mais de uma semana depois de outro tiroteio mortal na cidade de Cleveland, no Texas, reacendeu o acalorado debate sobre o controle de armas nos Estados Unidos.
A Segunda Emenda da Constituição dos Estados Unidos protege o direito de portar armas, e essa questão é polêmica para muitos republicanos, que são apoiados por milhões em doações de grupos de direitos de armas e fabricantes.
O governador do Texas, Greg Abbott, um republicano, chamou o tiroteio de “devastador” em uma entrevista na manhã de domingo à Fox News, mas disse que a maneira de combater efetivamente a violência armada está no tratamento da saúde mental.
“Houve um aumento dramático na quantidade de raiva e violência que está ocorrendo na América”, disse ele. “Estamos trabalhando para lidar com essa raiva e violência indo à sua causa raiz, que é abordar os problemas de saúde mental por trás disso.”
O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, e outros democratas enfatizaram a necessidade de aprovar uma legislação de segurança de armas mais forte para reduzir a violência armada.
Com informações do site Al Jazeera
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