Uma jovem de 19 anos foi presa preventivamente sob suspeita de matar a própria filha recém-nascida na zona rural de Inhuma, a 244 km de Teresina. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Piauí (PCPI), que aponta um traumatismo craniano como a causa da morte do bebê.
O incidente ocorreu em 1º de fevereiro de 2025, na localidade Atrás da Boa Esperança. A mãe da jovem encontrou a filha desmaiada e suja de sangue em um matagal próximo à residência da família, área utilizada como banheiro. Inicialmente, a jovem alegou que estava apenas menstruada, mas a avó da criança, ao retornar ao local, encontrou o corpo do bebê com lesão na cabeça coberto por uma toalha.
A avó acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que encaminhou a jovem e a recém-nascida ao Hospital Municipal Inhazinha Santos, em Inhuma. A equipe médica constatou que o bebê tinha 2,8 kg e 50 cm de comprimento. O médico que atendeu a jovem suspeitou da causa da morte, levando a polícia a ser acionada.
De acordo com a Polícia Militar do Piauí (PMPI), a criança apresentava uma lesão na cabeça, do lado direito do crânio, próximo à orelha, e estava com sangramento no ouvido. As circunstâncias exatas de como a recém-nascida sofreu esses ferimentos ainda estão sob investigação. A avó relatou à PM que desconhecia a gravidez da filha, embora suspeitasse devido às dores e ao crescimento da barriga. A família, que vive em situação de vulnerabilidade social, é composta pela avó, a jovem, outro filho dela e quatro netos, todos sob os cuidados da avó.
Crime de homicídio qualificado
O delegado Fábio Rodrigues informou que a prisão preventiva da mãe foi solicitada após depoimentos de testemunhas e o exame cadavérico, que revelou o trauma no crânio. “Diante das inconsistências das informações a gente deslumbrou um crime de homicídio qualificado. A investigação está quase no final”, afirmou o delegado.
Com a prisão da suspeita de causar a lesão na cabeça do bebê, a Polícia Civil deve concluir o inquérito e encaminhá-lo ao Ministério Público do Piauí (MPPI), que decidirá se apresenta ou não uma denúncia à Justiça.
