BC fará leilões diários para injetar US$ 60 bi no mercado em 2013

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BRASÍLIA – O governo federal mudou nesta quinta-feira a estratégia para tentar conter a crescente escalada do dólar. Em ação pouco usual, o Banco Central informou ao mercado que vai oferecer até o final do ano cerca de US$ 60 bilhões em contratos de proteção contra a flutuação da moeda americana, chamados de "swap cambial", e linhas de crédito com compromisso de recompra.

O objetivo é fornecer um caminho "cristalino" ao mercado, como explicou ao Estado uma fonte da equipe econômica do governo, tranquilizando investidores e empresas sobre como o BC vai atuar. O BC informou que vai oferecer leilões todos os dias da semana até 31 de dezembro deste ano.

Esse caminho, chamado tecnicamente de "guidance" ao mercado, já foi adotado em outras oportunidades, quando a operação foi apelidada de "ração diária ao mercado". Desta vez, no entanto, o volume é ainda maior.

Os leilões de contratos de swap ocorrerão todos os dias, no mesmo horário. De segunda a quinta-feira, o BC vai ofertar US$ 500 milhões por dia. Às sextas-feiras, a autoridade monetária fará um leilão de venda, com compromisso de recompra, de uma linha de crédito de US$ 1 bilhão. Em nota divulgada nesta quinta o BC avisa que "se julgar apropriado", "realizará operações adicionais".

Sinal verde. O objetivo do governo é conter a sangria que abateu o mercado de câmbio brasileiro nas últimas semanas. A operação do BC foi desenhada nesta semana, e recebeu o sinal verde da presidente Dilma Rousseff na quarta-feira. Após sucessivos dias de estresse, onde o dólar chegou a ser cotado a R$ 2,45, a presidente convocou os principais agentes da equipe econômica para encontrar uma forma de "suavizar" esses movimentos, considerados bruscos pelo Planalto.

Na visão do governo, a atuação deve ser "pontual, objetiva e determinante", como afirmou uma fonte graduada da equipe econômica, que participou de um dos encontros com a presidente na quarta-feira. A ideia de ofertar contratos de "swap cambial" em grande volume se encaixa neste perfil – o salto na cotação do dólar não ocorre por conta de saídas efetivas da moeda, mas no mercado futuro, onde esses papéis são negociados.

Cenário. O sinal de alerta foi ligado em Brasília porque, em uma mesma semana, o dólar continuou a disparar, ao mesmo tempo em que se configurou inevitável a concessão de um reajuste no preço da gasolina e no óleo diesel, de forma a reduzir a pressão sobre a Petrobrás. No meio do caminho, o governo divulgou o dado mais fraco de geração de vagas formais para meses de julho.

Nesta quinta-feira, em entrevista à Rede Globo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reduziu mais uma vez a estimativa oficial de avanço do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano – de 3% para 2,5%. Sobre o estresse na taxa de câmbio, Mantega disse que a alta "excessiva" é "passageira".

"Mas acho que depois da turbulência do Fed, ela volta para patamares menores".

EUA. A maré de alta na cotação do dólar começou depois que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sinalizou que, após anos estimulando a economia dos EUA, deve começar a tirar o pé do acelerador.

Imediatamente, o mercado passou a antecipar esta mudança de cenário, e as moedas de países emergentes foram as mais atingidas.

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