Pesquisas recentes de diferentes institutos indicam que, apesar de uma leve recuperação em alguns levantamentos, a avaliação negativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda se mantém em patamares significativos na opinião pública. A percepção negativa, em alguns casos, supera a positiva.
Segundo pesquisa Datafolha, divulgada em abril de 2025, a avaliação do governo como “ruim” ou “péssimo” recuou para 38%, ante os 41% registrados em fevereiro. Apesar dessa queda, a percepção negativa ainda se mantém quase 9 pontos percentuais à frente da avaliação positiva, que atingiu 29% (“ótimo” ou “bom”), representando a segunda pior avaliação da gestão Lula desde a posse, ficando à frente apenas dos números de fevereiro. A avaliação “regular” se manteve em 32%.
O Datafolha ouviu 3.054 pessoas entre 1º e 3 de abril. É importante notar, conforme a própria pesquisa aponta, que considerar a soma de “ótimo” e “bom” como sinônimo de aprovação é incorreto, pois desconsidera a parcela dos eleitores que avaliam o governo como “regular”.
Outros levantamentos anteriores também apontavam para um cenário de crescente avaliação negativa. Uma pesquisa Ipsos-Ipec, de março de 2025, indicou que a avaliação negativa do governo Lula aumentou para 41%, superando a positiva (27%) pela primeira vez neste mandato. A avaliação “regular” nesta pesquisa ficou em 30%. A pesquisa ouviu 2.000 pessoas entre 7 e 11 de março. A piora na avaliação coincidiu com os efeitos dos altos preços dos alimentos.
A AtlasIntel também registrou um aumento na avaliação negativa do governo Lula, que passou de 46,5% em janeiro para 50,8% em fevereiro de 2025. A avaliação positiva (“ótimo” ou “bom”) ficou em 37,6%. A pesquisa ouviu 5.710 eleitores entre 24 e 27 de fevereiro. Os segmentos do eleitorado que mais consideraram a gestão “ruim ou péssima” foram os evangélicos (76,3%), os moradores da região Sul (62,7%) e do Centro-Oeste (59,3%).
A pesquisa Genial/Quaest, divulgada no início de abril de 2025, apontou que a desaprovação do governo Lula subiu para 56% em março, um aumento em relação aos 49% de janeiro. A aprovação caiu de 47% para 41% no mesmo período. Em um levantamento anterior da Quaest, divulgado no início de abril, a avaliação negativa do governo Lula já havia atingido 41%, o maior patamar em dois anos. A avaliação positiva era de 27% e a regular, de 29%. Esta pesquisa entrevistou 2.004 pessoas entre 27 e 31 de março.
O principal motivo apontado para a queda na popularidade do governo Lula, segundo a pesquisa Genial/Quaest, foi a alta no preço dos alimentos. Essa percepção também é mencionada na análise do vídeo da UOL, onde se afirma que o valor dos alimentos está diretamente relacionado com a percepção do custo de vida pela população. O governo tem tentado ganhar tempo e realizar ações para diminuir o preço dos alimentos.
A avaliação do governo Lula pelo mercado financeiro é significativamente negativa, atingindo 88% em uma pesquisa Genial/Quaest divulgada em abril de 2025. A avaliação positiva entre o mercado financeiro nunca ultrapassou os 20% na série histórica analisada.
As diversas pesquisas de opinião pública, embora apresentem algumas variações, indicam que a avaliação negativa do governo Lula permanece em um patamar elevado, com a desaprovação superando a aprovação em alguns levantamentos. A questão do preço dos alimentos surge como um fator importante para essa percepção negativa. Apesar de uma recente pesquisa Datafolha apontar para uma leve queda na avaliação negativa e um aumento na positiva, os índices ainda refletem um cenário de desafios para a popularidade do governo.
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