Aquecimento global pode transformar áreas do nordeste em desertos improdutivos

Geral
Do ponto de vista climático as ações para conter os efeitos do aquecimento global precisam ser urgentes, é preciso que sejam criadas novas políticas governamentais que beneficiem o meio ambiente em todo o mundo. Para se chegar à meta de estabilizar as emissões em 500 ppm (parte por milhão) em 2050, é preciso que ocorram reduções nas emissões de C02 da ordem de 60% a 70% em relação à situação de hoje. Isso implica em que a diminuição dessas emissões por pessoa caia de 1,21 t C, registrado em 2005, para 0,28 t C a 0,35 t C em 2050 quando a população do planeta está estimada em 9 bilhões de pessoas. Não é uma tarefa simples, mas é possível.
A principal arma para se alcançar essas metas é a radical descarbonização dos sistemas de produção, como o emprego de práticas agrícolas que eliminem o uso intensivo de insumos químicos, como defensivos e fertilizantes. No Brasil, a região que se apresenta mais vulnerável ao clima, é o Nordeste, principalmente devido a potenciais impactos negativos nos recursos hídricos e agricultura de sequeiro. O estado de Alagoas é o que apresenta situação mais grave de todo o país.
Um exemplo do tipo de problema que poderá ser enfrentado é o caso do algodão. Em estudo realizado com a cultura no estado do Ceará pelo pesquisador Eduardo Delgado Assad, Chefe Geral da Embrapa Informática Agropecuária, concluiu que a elevação de 10C na temperatura reduziria a área plantada em 49.133 ha. Se chegar a 30C, a estimativa é de uma queda de 70% na área plantada. Entre os especialistas é preciso aumentar a capacidade adaptativa da sociedade e da economia regional às mudanças climáticas.
Outros estudos indicam a probabilidade da caatinga virar semi-deserto. Cerca de 2/3 dos modelos usados para estudar os cenários para o clima em âmbito global apontam para a “aridização” das áreas secas do Nordeste. O professor Fernando Santibanez Quezada, da Universidade do Chile, explica que o aumento de CO2 na atmosfera (de 190 ppm, nas eras glaciais, para 385 ppm nos dias de hoje, com incremento anual de aproximadamente 2 ppm) agrava o aquecimento global, e provoca desertificação. Um dado indicador desta realidade é o decréscimo da área de bosques da América Latina de 6.93 milhões de Km² para 3.66 milhões de Km² atualmente.
Os esforços para conter o aquecimento do planeta vão demandar ações de longo prazo o enfrentamento de duros embates. A reversão das tendências apontadas pelos especialistas, por sua vez, precisa estar baseada em um forte programa de ciência e tecnologia, que envolva o conjunto de especialistas e instituições do país e do exterior.
José Augusto S. de Oliveira (Cabeça)
Técnico Agrícola
Especialista em Irrigação e Drenagem
Membro INOVAGRI
Filiado ABID
Colaborador GREENPEACE BRASIL

 

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