Os sócios do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Amarante se reuniram pela primeira vez em Assembleia com a nova diretoria.
O encontro aconteceu nesta sexta-feira (18) na sede da entidade com a participação da Federação dos Trabalhadores em Agricultura (Fetag) e também da Assessoria Jurídica do STR, representada pelo advogado, Marco André.
Os agricultores foram recebidos com música ao vivo, ao som do forró pé de serra animado pelos sanfoneiros Zé Neguim e Seu Gregório.
Os assuntos tratados foram a situação financeira encontrada pela nova diretoria do STR, a apresentação do boletim financeiro e também a proposta de venda do veículo da entidade.
De acordo com dados apresentados pela Fetag, pelo contador Dr. Moura e pelo atual tesoureiro do STR João de Deus, a tesouraria da gestão anterior não repassou o valor de R$ 47 mil, referente à entrada de recursos nos primeiros 20 dias de fevereiro.
“Só encontramos em caixa R$ 347,00”, afirmou João de Deus.
“Onde foi parar o restante (R$ 47 mil), o ex-tesoureiro Zé Pereira, disse que não sabe”, afirmou Libório de Moura, da Comisssão de Ética da Fetag.
“Eu dizia a eles(os antigos diretores) que as notas tinham que estar em conformidade com os recibos”, afirmou o contador Dr. Moura, da gestão encerrada no dia 21 de fevereiro.
A presidente do STR, Luíza Neta, considera que o momento é delicado, mas que “o trabalhador não pode sofrer as consequências de uma gestão que não funcionou.”
Como novidade aos sócios, ela informou ao Somos Notícia que a entidade vai adquirir um novo veículo, que pode ser do tipo picape ou van. A data da compra não foi ainda informada. Segundo ela, o carro do STR, do tipo Gol, não está em boas condições. “Vamos adquirir um novo veículo com capacidade para transportar um número maior de pessoas para também servir aos trabalhadores.”
Questionados por Luíza Neta, os sócios aprovaram por unanimidade a possibilidade de venda do veículo Gol deixado pela administração anterior. “Ele não está em boas condições para o nosso trabalho. Além de muito desgastado por falta de cuidados, ele não atende as necessidade do trabalhador rural.”
A Fetag na Assembleia (Palestras aos sócios)
A Fetag participou da Assembleia, representada por Libório de Moura, da Comissão de Ética; por Maria das Dores Monteiro, da Comissão de Jovens; e por Gonçala Maria, do polo sindical no Médio Parnaíba.
Durante uma conversa com os agricultores, Maria das Dores esclareceu sobre a importância da participação de jovens nas atividades sindicais.
“Trazer esses jovens para o movimento é uma dificuldade que a gente tem, pois a maioria deles não compreende o movimento sindical como um processo deles, achando apenas que se trata de um processo dos pais e dos avós”, disse ela.
Maria das Dores considera que o gargalo para levá-los às atividades rurais está na junção da falta do vontade do jovem com a falta de incentivo dos pais.
“É uma junção das duas coisas. A gente tem as políticas públicas, inclusive, elas têm avançado muito. Mas os jovens não querem suceder seus pais da forma como eles (os pais) trabalhavam, puxando a enxada. Enfim, teria que ter tecnologia no campo para que os jovens possam suceder seus pais”, completa.
Já a representante do polo sindical do Médio Parnaíba, Gonçala Maria, durante sua fala, deu ênfase à necessidade de quebrar o conceito de que sindicato deve ser voltado apenas às questões previdenciárias.
“Trazemos cursos de formação para promover o entendimento na diretoria de que cada um deve assumir seu papel diante do que diz o estatuto. A Fetag, traz também ações para os STR’s”, disse Gonçala Maria ao considerar que o diretor deve descentralizar ações e não se posicionar como “clínico geral”.
De acordo com a representante do polo, a atual diretoria do STR de Amarante está iniciando conforme as normas estatutárias. “Já é um bom começo. Vamos trabalhar mais ainda com esta diretoria porque estamos aqui para somar. Afinal, continuamos sendo companheiros de luta”, encerra.
Edição, fotos e postagem: Somos Notícia / Denison Duarte