A coordenação do Campus da Uespi, em Amarante, preocupada com a ausência de sensibilidade política dos gestores locais sobre a instituição, realizou uma reunião com profissionais da Educação esta semana.
O objetivo, segundo o coordenador Florentino Inácio, foi a implantação de cursos necessários à permanência da instituição no município.
“Estamos deixando de trabalhar os cursos de graduação do período regular por falta de um olhar político e pela falta de interesse por parte de quem é gestor, de quem é representante de Amarante”, afirmou Florentino Inácio em entrevista ao Somos Notícia.
O encontro de Educadores, organizado pela coordenação, aconteceu na última segunda-feira (18) no Hotel Pousada Velho Monge e reuniu mais de 30 profissionais da Educação, além do representante do governo do estado no município, Clemilton Queiroz.
Assuntos como a falta de cursos e os descasos sofridos pela Uespi foram apontados como o eixo da pauta de reivindicações durante o encontro.
“A gente espera que ele (Clemilton Queiroz) tenha se sensibilizado e que possa levar à frente nossas solicitações. A reunião foi importante para todos. Ele foi claro no sentido de atender nossas reivindicações. Agora, esperamos que ele faça a sua parte”, disse Florentino.
Questionado sobre um possível fechamento do campus da Uespi em Amarante, o coordenador foi otimista e incisivo: “A porta de uma instituição não se fecha, se abre! A Uespi de Amarante só não acabou porque eu sou muito forte, tenho muita coragem, eu corro atrás e até brigo. Caso contrário, ela teria fechado as portas. O homem precisa ser mais que insaciável”, disse Florentino ao citar como referência o reitor Nouga Batista. “O reitor é mais que um educador. Ele tem os seus valores e, com certeza, não vai deixar fechar nossa instituição.”
O olhar político foi abordado também pelo reitor durante entrevista recente ao Somos Notícia como essencial para a permanência da Uespi em Amarante.
“A permanência da Uespi em Amarante depende unicamente do interesse político por parte dos vereadores, gestores e/ou deputados que representam a região”, disse o reitor.
A Uespi iniciou em Amarante com os cursos de Pedagogia, História e Letras. Além do retorno desses cursos, a coordenação cita como essenciais para graduação em Amarante, dentre outros, um curso de Educação Física.
Como medida alternativa, Florentino Inácio fez um abaixo-assinado que está disponível para coleta de assinaturas da população.
“O abaixo-assinado é importante porque nós realmente queremos sensibilizar com os argumentos possíveis para ganharmos essa luta. Isso é importante para a nossa causa, que é a formação de futuros profissionais”, finaliza.
A sede da Uespi, atualmente, é usada apenas para os cursos do PARFOR, que são mantidos pelo Governo Federal no período de férias, ficando ociosa durante todo o período regular.
Edição e postagem: Denison Duarte
Fotos: Coordenação da Uespi, em Amarante