A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã deste sábado (30), o general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo de Jair Bolsonaro, em sua residência no Rio de Janeiro, como parte de uma investigação que apura uma tentativa de golpe de estado.
A ação, que resultou na prisão do general, é um desdobramento de inquérito que apura a articulação de uma organização criminosa para manter o ex-presidente no poder após a derrota nas eleições de 2022.
A prisão do General ocorreu após ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), que também expediu mandados de busca e apreensão. Além disso, o STF determinou medidas cautelares diversas da prisão para outros suspeitos.
O ex-ministro e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022 foi levado para a sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro e depois transferido para a Vila Militar, onde passará por audiência de custódia por videoconferência.
De acordo com as investigações, o general Braga Netto é acusado de planejar o suposto golpe, tendo coordenado ações ilícitas executadas por militares. As investigações apontam que o General teria entregue quantias em dinheiro para financiar a operação golpista.
A TV Band, em Brasília, informou que o general e um de seus assessores teriam tentado obter informações sobre o que foi dito na delação do tenente-coronel Mauro Cid. Essa tentativa foi interpretada pela PF como obstrução de justiça.
A defesa do general Braga Netto ainda não se manifestou sobre a prisão. A ação da PF destaca o compromisso da Justiça em investigar e punir os responsáveis por tentativas de subversão da ordem democrática. Além de Braga Netto, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens, Tenente-Coronel Mauro Cid também estão sendo investigados no mesmo inquérito.
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