Em um pronunciamento nessa segunda-feira (31), o presidente filipino – Rodrigo Duterte, ordenou publicamente ao principal responsável da alfândega do país que atirasse e matasse traficantes de drogas.
A decisão fica marcada como uma das suas mais contundentes ameaças na campanha de combate às drogas nas Filipinas.
A ordem foi dada diretamente ao comissário da Alfândega, Rey Leonardo Gerrero, em uma reunião do gabinete sobre a pandemia do novo coronavírus na noite dessa segunda-feira (31) em transmissão ao vivo pela televisão.
O presidente disse ainda que já havia tratado do assunto pessoalmente com Guerrero e outros dois oficiais, ainda nessa segunda-feira, no palácio presidencial em Manila.
“A droga ainda está a entrar no país pela alfândega”, disse Duterte, acrescentando que já havia aprovado o pedido de armas de fogo de Guerrero. “Eu aprovei a compra de armas de fogo e até agora não matou ninguém? Eu disse-lhe (a Guerrero): Limpe-os”, afirmou Duterte. “Eu disse-lhe diretamente: ‘As drogas ainda estão a entrar. Eu gostaria que matasse (…) Eu vou apoiá-lo e não vai ser preso. Se forem drogas, atire e mate. Esse é o acordo'”, sublinhou Duterte, sem entrar em mais detalhes.
O combate ao tráfico de drogas, comandado por Duterte, tem sido considerado uma peça de suma importância da sua gestão. Ele nega com veemência ter autorizado execuções extrajudiciais, mas ameaça de morte repetida e abertamente os traficantes de drogas.
A Polícia Nacional e o presidente já disseram que a maioria dos suspeitos mortos pela polícia tinham ameaçado a vida dos agentes de segurança. O país tem hoje um registro de mais de 5.700 suspeitos de delitos de drogas mortos sob a repressão antidrogas de Duterte, a maioria dos mortos são pobres.
Duterte afirmou que a repressão no combate ao tráfico de drogas vai continuar pelos próximos dois anos do seu governo.
Com informações do Sic Notícias
Compartilhe este post