Carla Zambelli deixa o Brasil, planeja denunciar o STF na Europa e alega perseguição

A deputada federal Carla Zambelli anunciou esta semana sua saída do Brasil e a intenção de denunciar na Europa o que considera abusos do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial do ministro Alexandre de Moraes. Ela também solicitou afastamento de seu mandato parlamentar.

Zambelli declarou que irá se basear na Europa, onde possui cidadania, e que sua atitude é uma forma de “resistir” e voltar a ser a “Carla que era antes das amarras que essa ditadura nos impôs”. A deputada mencionou que o Brasil vive um tempo de “ditadura, falta de liberdade, censura”. Ela afirmou ter ficado calada diante de uma “pressão judicial” e que se cansou de não poder expressar o que pensa sobre a situação do país. Zambelli pretende levar suas denúncias a todos os países da Europa e a todas as cortes possíveis.

A parlamentar também informou ter transferido a titularidade de suas redes sociais para sua mãe, Rita Zambelli. A decisão foi tomada devido ao risco de ser silenciada, inclusive nas redes, caso sua inelegibilidade se confirme. Rita Zambelli é apresentada como sua pré-candidata a deputada federal no próximo ano, e seu filho, João Zambelli, como pré-candidato a vereador em São Paulo em 2028, para dar seguimento à sua luta.

A fonte do texto menciona que Carla Zambelli foi “recentemente condenado à prisão e à perda do mandato pelo Supremo Tribunal Federal com base nas declarações de um hecker que não apresentou provas de sua participação em uma invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça”. Zambelli também lembrou que o parlamento brasileiro estaria “agachado perante o Supremo Tribunal Federal”.

O texto fornecido contextualiza as declarações de Zambelli com uma crítica mais ampla ao sistema judicial brasileiro, mencionando que muitas pessoas estariam sendo perseguidas por manifestarem apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro ou por expressarem suas opiniões, sendo alvo de inquéritos secretos e medidas como prisões políticas e apreensão de bens. O documento também cita o uso da técnica de “fishing expedition” por parte do ministro Alexandre de Moraes, segundo denúncia da subprocuradora Lindor Araújo.