Last updated on 21 de outubro de 2025
A paralisação da enfermagem em Parnaíba, no litoral do Piauí, afeta o funcionamento de postos de saúde municipais e os atendimentos eletivos a partir desta segunda-feira (20). A categoria exige ajuste salarial após estar há mais de 20 anos sem reajuste.
A paralisação, que inclui enfermeiros, auxiliares e técnicos em enfermagem, começou às 8h e está prevista para durar até 72 horas, conforme decisão da categoria. Os profissionais recebem atualmente um salário mínimo, apesar de já haver um piso nacional aprovado.
A categoria pede ajuste salarial e reivindica ainda gratificações, além da criação de um plano de cargos e salários específico para a enfermagem. A manifestação ocorre em frente à Prefeitura de Parnaíba, com expectativa de uma nova reunião com os gestores.
O que diz o Senatepi?
O Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí (Senatepi) decidiu pela paralisação, que classificou como legal por cumprir as exigências da Lei de Greve.
A diretora do Senatepi, Waldisleia Xavier, relatou ao g1 as dificuldades no diálogo com a gestão municipal. “Tivemos uma reunião com o prefeito [Francisco Emanuel, do Progressistas] em abril e ele disse que avaliaria o impacto das nossas reivindicações nas contas do município. Na semana passada, nos reunimos de novo com a prefeitura e nos disseram que não dariam aumento para a categoria porque outras necessitavam mais”, declarou.
O sindicato contesta a justificativa da prefeitura que utiliza o complemento do piso nacional para negar o aumento. O Senatepi destaca que o repasse do piso é realizado pelo Ministério da Saúde e não pelo município. Waldisleia Xavier argumentou ainda que a categoria representa 60% dos profissionais de saúde da cidade.
O que diz a Prefeitura de Parnaíba?
Em resposta, o secretário de Saúde de Parnaíba, Thiago Judah, informou que cerca de 30% dos profissionais de enfermagem permanecerão nos postos.
Sobre o pedido de reajuste, segundo o g1, o secretário afirmou que a prefeitura decidiu priorizar categorias que não têm um piso salarial nacional definido. “Nesse momento vamos priorizar médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e fisioterapeutas. A enfermagem recebe um complemento do governo federal e essas outras classes não têm benefício algum”, justificou Thiago. O gestor assegurou que, embora a mesa de negociação permaneça aberta, não será possível contemplar a enfermagem neste momento.

Com informações do g1
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