A Operação Cobre Sujo em Teresina, deflagrada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (15), alcançou importantes resultados no combate a crimes de furto de cabos, hidrômetros e fiações elétricas. A ação levou à condução de oito pessoas para a Central de Flagrantes e ao cumprimento de duas prisões, desmantelando um esquema que causa grandes prejuízos à infraestrutura urbana e à população piauiense.
Especialista em furto de cabos preso
Um dos presos na operação Cobre Sujo é um indivíduo com “expertise” no furto de cabos energizados. Ele é acusado de subtrair fiação utilizada em semáforos e até mesmo no recém-instalado sistema de monitoramento eletrônico da cidade. Segundo a polícia, o homem é reincidente e já havia sido flagrado em filmagens realizando furtos.
“Era um alvo prioritário nosso porque é um indivíduo que já tem uma expertise. Ele mexe com essa fiação, que é energizada, e não toma nem choque. Era um alvo nosso”, declarou um dos delegados. A prisão foi efetuada próximo a um ferro-velho, após diligências da equipe, reforçando o foco em quebrar a cadeia de receptação.
Prejuízos sociais e o combate integrado
Durante coletiva de imprensa, os delegados Marcelo Leal, Amanda Bezerra e Antônio Nilton destacaram os extensos prejuízos para a população causados por esses tipos de crime. Embora o valor de um hidrômetro ou de alguns metros de cabo possa parecer “ínfimo” individualmente, o transtorno coletivo é imenso, afetando serviços essenciais e a segurança pública.
Os delegados também enfatizaram a ligação direta desses crimes com um grave problema de saúde pública: o uso de drogas. Muitos dos furtos são cometidos por usuários para sustentar o vício. “A gente vive um problema muito grave, um problema de saúde pública, porque nós temos assim um batalhão de usuário de droga”, afirmou um dos delegados, citando áreas como a Vila Jerusalém, que se assemelham a uma “cracolândia”.
Chamado à sociedade e ação contra receptadores
Diante da complexidade do problema, a Polícia Civil reforça a necessidade de uma abordagem multidisciplinar, que vá além da repressão. É crucial o apoio de outros setores, como secretarias de saúde, assistência social e igrejas, para atuar na raiz do problema do vício em drogas.
A sociedade também é peça fundamental, sendo incentivada a denunciar e a não compactuar com a receptação de produtos furtados. “A gente precisa que o receptador pare de comprar para que o usuário não obtenha o lucro para poder utilizar o dinheiro e alimentar o vício da droga”, alertou um dos delegados. A tendência é que estas operações se intensifiquem, buscando desarticular completamente o esquema de furto de cabos e outros itens, protegendo o patrimônio público e privado de Teresina.
Com informações da TV Cidade Verde
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