Uma onda de carros-bomba atingiu bairros predominantemente xiitas de Bagdá, no Iraque, na manhã desta segunda-feira (30), deixando ao menos 51 mortos e dezenas de feridos, disseram autoridades.
O Ministério do Interior responsabilizou insurgentes ligados à Al-Qaeda, dizendo que os militantes estão explorando a luta política e as deficiências de segurança para realizar ataques.
O ataque mais mortal do dia ocorreu no distrito leste de Sadr City, onde um carro-bomba estacionado foi detonado perto de um pequena quitanda, deixando sete mortos e 16 feridos.
Esse ataque foi seguido por um total de 10 detonações de carros-bomba nos bairros xiitas de Nova Bagdá, Habibya, Sabaa al-Bour, Kazimiyah, Shaab, Ur, Shula, bem como nos bairros sunitas de Jamiaa e Ghazaliyah.
As 10 outras explosões também atingiram mercados abertos ou estacionamentos, matando 44 pessoas e ferindo 139, de acordo com policiais. Autoridades médicas confirmaram os números de mortos e feridos nos ataques de segunda. Todas as autoridades falaram em condição de anonimato.
Nenhum grupo reivindicou autoria pela onda de ataques, realizada no estilo da franquia da Al-Qaeda no Iraque, conhecida como Estado Islâmico do Iraque.
Forças de segurança fecharam os locais dos ataques, enquanto bombeiros lutavam para extinguir o fogo provocado.
“Nossa guerra contra o terrorismo continua”, disse o porta-voz do Ministério do Interior Saad Maan à AP. “Parte do problema é a luta política e os conflitos regionais…Há deficiências e precisamos desenvolver nossas capacidades principalmente nos esforços de coleta de inteligência.”
O ataque desta segunda-feira (30) foi o maior desde o atentado suicida que atingiu um funeral em Sadr City e deixou 104 mortos.
No domingo, uma série de explosões em diferentes partes do Iraque – incluindo dois ataques suicidas na relativa pacífica região curda ao norte – deixou 46 mortos. Mais de 4,5 mil foram mortos desde abril no Iraque.