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Namorada de adolescente assassino negou participação no crime familiar em Itaperuna-RJ

A Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da 143ª DP (Itaperuna), está aprofundando as investigações para determinar se a namorada do adolescente de 14 anos, que confessou o assassinato dos pais e do irmão de três anos na cidade de Itaperuna, no interior do estado, teve alguma participação no crime. A jovem, um ano mais velha que o garoto e residente em Água Boa, no Mato Grosso, negou qualquer envolvimento durante depoimento prestado à polícia na tarde de quinta-feira.

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O depoimento da adolescente ocorreu na delegacia de Água Boa e durou cerca de duas horas, sendo acompanhada por sua mãe. O relato foi transcrito e enviado à 143ª DP, em Itaperuna, que ainda não se pronunciou sobre o material. A suspeita sobre a participação da namorada surgiu a partir do próprio depoimento do adolescente. Na última quarta-feira, ao confessar a autoria dos assassinatos, ele relatou aos agentes de Itaperuna que havia se desentendido com os pais por ter sido impedido de viajar ao Mato Grosso para encontrá-la. A polícia descobriu que a namorada teria dado um ultimato para que ele a encontrasse.

Nesta sexta-feira, o laudo cadavérico das vítimas foi divulgado, confirmando que o pai, a mãe e o irmão de três anos foram mortos por “projétil de arma de fogo” na região craniana. A arma utilizada era do pai do adolescente, que possuía registro como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). A arma foi encontrada e apreendida na casa da avó do adolescente, que informou à polícia tê-la recolhido por medo que o neto se machucasse, e os agentes não acreditam em seu envolvimento ou conhecimento do crime.

Após confessar os crimes, o adolescente passou uma noite na delegacia, foi ouvido pelo Ministério Público e encaminhado na quinta-feira para uma das unidades do sistema socioeducativo do Rio de Janeiro. Uma nova audiência de custódia deverá ocorrer em até 45 dias. O delegado Carlos Augusto Guimarães, titular da 143ª DP, descreveu o adolescente como “frio, sem remorso”, que afirmou não se arrepender e faria “tudo de novo”, apresentando um “que” de psicopatia. Ele contou à polícia que, para se manter acordado e cometer o crime, tomou um pré-treino e esperou a família adormecer no quarto dos pais, o único com ar-condicionado. A arma estava escondida sob o colchão do casal. Após os assassinatos, ele utilizou um produto de limpeza para arrastar os corpos até uma cisterna, que ficava a cerca de 4 a 5 metros do quarto.

As investigações do delegado trabalham com duas linhas principais para a motivação do crime. Além do namoro virtual desaprovado e da proibição da viagem, os policiais descobriram que o adolescente pesquisou em seu celular sobre “como receber FGTS de falecido”, sendo que o pai teria direito a receber R$ 33 mil. O garoto afirmou ter feito a pesquisa após o crime. Ambas as linhas de investigação, seja a frustração com o namoro ou a busca por dinheiro, configuram motivo fútil para o crime.

Namorada de adolescente assassino

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