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Morte de criança com “dor de barriga” em hospital do Piauí é investigada pela Sesapi

A morte de Antônio Lucas, uma criança de apenas dois anos, no Hospital Regional de Campo Maior, no Piauí, na última quarta-feira (19), desencadeou uma denúncia de negligência médica por parte da família e mobilizou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). O caso ganhou notoriedade devido à rápida e trágica piora do quadro de saúde da criança, que havia dado entrada na unidade com um sintoma aparentemente comum: dor de barriga.

O contraste entre o sintoma inicial e a morte súbita

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Francisca das Chagas, avó de Antônio Lucas, relatou a um veículo de comunicação que o neto chegou ao Hospital Regional de Campo Maior por volta das 13h, acompanhado da mãe. O menino apresentava dores na barriga e, segundo ela, não demonstrava outros sintomas de gravidade.

O estado de saúde da criança piorou de forma abrupta e súbita logo após receber um medicamento na veia (medicação endovenosa). A avó contou que a mãe viu o filho “ficar roxo” depois da administração do remédio. Após essa reação, Antônio Lucas foi levado para a sala vermelha.

Francisca das Chagas questionou a falta de informações por parte dos funcionários e resumiu o drama familiar em uma frase que ressalta o contraste do caso: “Meu neto entrou com uma dor de barriga e saiu morto”.

A versão da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi)

Em nota oficial, a Sesapi confirmou que abriu um procedimento administrativo para apurar as circunstâncias da morte.

A Secretaria detalhou a cronologia do atendimento:

  • 13h42: O paciente deu entrada na unidade.
  • Sintomas: Foi classificado como urgência e atendido em seguida, apresentando relatos de febre, dor abdominal e diarreia. A Sesapi observou que os responsáveis não relataram nenhuma alergia medicamentosa.
  • 14h20: A medicação endovenosa foi iniciada.
  • Piora Súbita: Após o início da medicação, houve uma piora súbita do quadro. A criança foi transferida para a sala de estabilização, onde foi intubada e passou por manobras de reanimação durante cerca de 40 minutos.
  • 15h05: O óbito foi confirmado.

O Hospital Regional de Campo Maior e o Grupo Chavantes manifestaram solidariedade à família e se colocaram à disposição das autoridades e dos familiares para fornecer as informações necessárias.

Após a confirmação da morte no Hospital de Campo Maior, o corpo da criança foi levado ao Instituto de Medicina Legal (IML) de Teresina para exames mais detalhados.

Nota da Sesapi

Nota da Sesapi

O Hospital Regional de Campo Maior esclarece que abriu procedimento administrativo para apurar a morte de uma criança de dois anos, ocorrida nesta quarta-feira (19/11/25). O paciente chegou à unidade às 13h42, foi classificada como urgência e atendida em seguida, com relatos de febre, dor abdominal e diarreia. Não foi relatado pelos responsáveis nenhuma alergia medicamentosa, sendo assim, a medicação endovenosa foi iniciada às 14h20, quando houve piora súbita do quadro. A criança foi levada para a sala de estabilização, onde passou por intubação e manobras de reanimação por cerca de 40 minutos, mas o óbito foi confirmado às 15h05. O hospital e o Grupo Chavantes se solidarizam com a família e se colocam à disposição para prestar informações às autoridades e familiares, conforme as normas de proteção de dados.

Imagem da fachada do Hospital Regional de Campo Maior no Piauí
Hospital Regional de Campo Maior, local onde a criança morreu após piora súbita do quadro.
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