As provas existentes contra o presidente Jair Bolsonaro são ineficientes para a sua condenação. A conclusão é dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que avaliaram as acusações do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro contra o chefe do Executivo Nacional.
Os prints das conversas entre Bolsonaro e Moro, como tabmém de Moro com a deputada federal Carla Zambelli e as falas de Sérgio Moro são insuficientes para imputar ao presidente os crimes que foram descritos no pedido de abertura do inquérito do procuraddor-geral da República, Augusto Aras.
Os crimes atribuídos são os de: falsidade ideológica, coação no curso de processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de Justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação caluniosa e crime contra a honra.
Os ministros disseram que não é possível derrubar um presidente com base apenas em conversas de WhatsApp, o que pode mudar caso haja provas contundentes de Moro contra Bolsonaro.
Antes disso o ministro Celso de Mello, tem que autorizar a abertura do inquérito pedido por Aras. O passo seguinte será provavelmente o pedido de algumas diligências e a oitiva primeiro de Moro e depois de Bolsonaro. Será este o momento ideal para o ex-ministro mostrar o que tem contra o presidente.
A defesa de Jair Bolsonaro assegura já estar preparada para esse momento: baterá na tecla de que se Moro trouxer algum sinal de interferência do presidente durante o período em que estava na Justiça, Moro cometeu crime por ter prevaricado. Ou seja, ele deixou de comunicar um crime quando deveria tê-o feito.
Outra estratégia da defesa é apresentar motivação política na atuação de Moro. Aliados de Moro estão levantando dados de encontros políticos de Moro para tentar demonstrar que ele em sua passagem pela pasta e em especial no último ato tentou desestabilizar o presidente tendo por intuito se cacifar politicamente para enfrentar o presidente nas eleições de 2022.
Sobre os outros dois inquéritos que investigam a participação de bolsonaristas na produção de fake news contra autoridades e na organização de atos antidemocráticos, a avaliação é a de que eles pegariam no limite os filhos do presidente, mas não diretamente ele. A não ser, evidentemente, que venha a se comprovar sua participação direta.
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