Neste domingo, 16 de março, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de uma manifestação na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro. O evento reuniu apoiadores do político e teve como foco principal defender a anistia para envolvidos nos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023, quando prédios dos Três Poderes em Brasília foram invadidos e vandalizados.
Durante o ato, Bolsonaro afirmou que não imaginava ver “refugiados brasileiros mundo afora”, referindo-se a apoiadores que buscaram asilo em países como a Argentina após os eventos de 8 de janeiro. Conforme noticiado pela CNN Brasil, mais de 180 brasileiros solicitaram refúgio na Argentina, muitos deles ligados aos protestos contra o resultado das eleições de 2022.
Defesa dos presos e críticas ao STF
Os manifestantes de 16 de março defenderam a inocência dos detidos por participação nos atos de 8 de janeiro. Bolsonaro reforçou essa posição, declarando que os acusados “são inocentes e não cometeram nenhum ato de maldade”. A fala ocorre em um contexto de tensão jurídica: o Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou 476 pessoas pelos crimes cometidos durante as invasões, e a Primeira Turma do STF deve julgar, nos dias 25 e 26 de março, se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições.
Bolsonaro é um dos 34 denunciados por supostamente incentivar atos antidemocráticos. O julgamento no STF é visto como decisivo para definir responsabilidades e possíveis punições relacionadas aos eventos de 8 de janeiro.
Contexto político e impacto público
A manifestação de 16 de março reacendeu debates sobre os desdobramentos legais e políticos dos atos extremistas. Enquanto apoiadores de Bolsonaro pedem anistia e questionam as condenações, autoridades e críticos destacam a gravidade das ações que resultaram em depredações de patrimônio público e ameaças às instituições democráticas.
O evento em Copacabana não apenas reforça a polarização política no país, mas também sinaliza a estratégia de Bolsonaro de manter-se ativo no cenário nacional, mesmo após deixar a presidência. A decisão do STF no final de março poderá influenciar diretamente o futuro jurídico e político dos envolvidos.
A manifestação de 16 de março pode ser considerada por Bolsonaro e seus apoiadores como um ponto de apoio para, juntos, reivindicarem anistia e ainda questionarem as ações do STF, enquanto ainda se aguardam os resultados do 8 de janeiro.

- Ciro Nogueira cumpre extensa agenda e ganha novas adesões
- Pablo Marçal inelegível por 8 anos: “Tudo será esclarecido”, diz ele
- Pablo Marçal se torna inelegível por decisão da Justiça Eleitoral de São Paulo
- Crise no Ministério: futuro de Wellington Dias em xeque após polêmica do Bolsa Família
- Aliança com Ciro Nogueira ganha força no Piauí, movimentando eleição para o Senado