Em 2020, quando a pandemia de COVID-19 se propagou pelo mundo, o Piauí teve aumento de 12,5% na quantidade de óbitos em relação ao ano anterior, tendo registrado 20.749 falecimentos. Em 2021, esse número de mortes continuou a crescer e o Piauí então registrou o maior número de óbitos dos últimos dez anos, 23.084, um percentual de 11,3% de crescimento em relação a 2020 e de 25,2% em relação a 2019 (pré-pandemia).
Óbitos de habitantes do Piauí, por ano de decorrência
Cerca de 57,53% dos falecidos eram do sexo masculino e 42,47% do sexo feminino. Os idosos com 70 anos ou mais de idade concentraram o maior contingente de óbitos do Piauí, em 2021, com um total de 12.006 mortes (52,01%). O menor número de óbitos ficou concentrado na faixa etária de 5 a 14 anos de idade, com um percentual de 0,52%. O pico de mortes do estado foi no mês de abril, com 2.682 ocorrências, o equivalente a 11,61% do total de óbitos registrados no ano.
Com a continuidade da pandemia, o número de óbitos em 2021 teve aumento superior ao
observado em 2020, especialmente no primeiro semestre de 2021 como mostram os dados coletados das Estatísticas do Registro Civil 2021, levantamento que é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) junto aos cartórios de Registro Civil de pessoas naturais de todo o país.
No Brasil, entre os anos de 2020 e 2021, foi contabilizado um acréscimo substantivo de óbitos e as variações no número de mortes ficaram em patamares superiores àqueles encontrados entre 2019 e 2020 (14,9%). O aumento de 18,0% em 2021 no volume de óbitos correspondeu a um acréscimo de 272.772 mortes em relação a 2020.
Variação percentual de óbitos por UF
Em 2021, alguns estados das Regiões Norte e Nordeste chamaram atenção no número de
mortes por causas não naturais, aquelas que decorrem de lesão provocada por violência (homicídio, suicídio, acidente, ou morte suspeita) qualquer que tenha sido o tempo entre o evento lesivo e a morte propriamente.