O Índice de Confiança de Serviços (ICS) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre) cresceu 4 pontos em abril, atingindo 96,2 pontos. Este é o maior nível desde novembro de 2021, quando alcançou 96,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, a alta no índice chegou a 1,7 ponto, sendo a primeira no ano.
A elevação do indicador foi espalhada em 12 dos 13 segmentos pesquisados. De acordo com o Ibre, o resultado de abril teve influência da melhora na avaliação das empresas sobre a situação atual e das perspectivas para os próximos meses.
O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 5,1 pontos, passando para 96 pontos, que é o maior nível desde abril de 2014. Lá, havia atingido 96,3 pontos. O Índice de Expectativas (IE-S) também avançou. A alta ficou em 2,9 pontos, chegando a 96,6 pontos. É o maior nível desde dezembro do ano passado, quando alcançou 98,7 pontos.
Para o economista do FGV/Ibre, Rodolpho Tobler, o avanço pelo segundo mês seguido na confiança de serviços sugere volta ao padrão de retomada ocorrido ao longo de 2021. Segundo Tobler, o resultado foi disseminado entre os principais segmentos e mais influenciado pelo segmento de serviços prestados às famílias, que, na avaliação do economista, demonstram responder positivamente, após o surto de Ômicron que ocorreu no início de 2022.
“A melhora também foi difusa entre indicadores sobre o presente e de expectativas. Para os próximos meses, ainda é possível imaginar continuidade de recuperação. O setor de serviços foi o que mais sofreu ao longo da pandemia. Contudo, altas mais expressivas ainda dependem de melhora do cenário macroeconômico”, observou.
Famílias
Um dos principais destaques no resultado positivo do mês, disseminado entre os principais segmentos do setor, voltou a ser o de serviços prestados às famílias. No ano passado, influenciado pelos altos índices de vacinação no país e flexibilização das restrições impostas pelo combate ao vírus, o segmento contribuiu positivamente para a recuperação do setor.
Apesar disso, na virada para 2022, com o aparecimento da variante Ômicron, o recuo nos serviços prestados às famílias se mostrou mais intenso. Mas a alta da confiança, nos últimos meses, já recuperou o que foi perdido nos primeiros meses deste ano com a melhora dos números da pandemia e voltou a puxar a retomada do setor.
Edição: Maria Claudia