Cerca de 1.000 voos domésticos e internacionais foram cancelados como resultado da greve da equipe de terra.
Turistas em toda a Itália terão que mudar seus planos de férias, já que centenas de voos foram cancelados em meio a uma greve do transporte aéreo dois dias após a paralisação dos trens.
Embora as ações perturbadoras dos sindicatos de transporte geralmente ocorram durante o verão – uma alta temporada para a Itália – a greve no sábado, das 10h às 18h (das 8h às 16h GMT), ocorre em meio a um boom do turismo após dois anos de perdas pandêmicas.
Cerca de 1.000 voos, entre domésticos e internacionais, foram cancelados em decorrência da greve dos tripulantes de terra, que reivindicam um novo contrato coletivo, seis anos após o vencimento do anterior, segundo autoridades aeroportuárias e aéreas.
Outros 120 voos com partidas e chegadas do aeroporto de Charleroi, na Bélgica, foram cancelados no sábado e no domingo, desencadeados por uma paralisação dos pilotos da Ryanair devido às condições de trabalho.
Só a greve da Itália deixou cerca de 250.000 viajantes presos em um dos principais pontos turísticos do mundo. Ele ocorre em meio a uma onda de calor recorde, classificada pelo serviço meteorológico nacional como “uma das mais intensas de todos os tempos”, que traria temperaturas de pelo menos 40 graus Celsius (104 graus Fahrenheit) para Roma e 48C (118F) para as ilhas da Sicília e da Sardenha.
A transportadora nacional ITA disse que cancelou 133 voos, a maioria deles domésticos, mas alguns foram para destinos europeus como Madri, Amsterdã e Barcelona.
Os trabalhadores em greve incluíam pilotos, comissários de bordo, carregadores de bagagem e funcionários do aeroporto.
O site do aeroporto de Nápoles mostrou dezenas de voos cancelados a partir das 10h (08:00 GMT).
O ministro dos Transportes, Matteo Salvini, pediu aos grevistas que exerçam “bom senso” para “não prejudicar milhões de outros trabalhadores e turistas”.
Os sindicatos Filt Cgil, Uiltrasporti e Ugl Trasporto disseram que convocaram a greve devido a divergências contratuais “absolutamente insatisfatórias” com a Malta Air, que opera voos da Ryanair. A Ryanair publicou uma nota no seu site a pedir desculpas pelos cancelamentos e outras perturbações devido à greve que “está fora do nosso controlo”.
Na quinta-feira, passageiros e turistas ficaram presos em estações de trem sufocantes em todo o país, pois uma greve de trabalhadores ferroviários prejudicou serviços, incluindo trens de alta velocidade que geralmente são garantidos.
Com informações do site Al Jazeera
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