O amor à Literatura de Cordel, que ganhou forma, expressão e dimensão a partir dos 71 anos já vividos pelo poeta e músico Gregório Barbosa Ribeiro foi o que fez o jornalista cearense Gilmar de Carvalho escrever um livro em sua homenagem. A obra foi intitulada “Gregório, o cordel de Amarante”.
Com mais de cem títulos publicados e vários manuscritos em um caderno que guarda com muito zelo, Seu Gregorinho, como é chamado, recebe na obra a sua biografia e boa parte dos seus escritos literários. Na homenagem o autor revela o poeta como um sertanejo que diz “quem foi ontem e quem é hoje” em seus versos simples, mas que traduzem a sua singeleza.
O homenageado é tido como um “intelectual orgânico”, considera o autor. “No caso do Gregorinho, pode-se falar na sabedoria sedimentada pela conservação do mundo e pela inserção do poeta nesta realidade”, diz ele na apresentação da obra.
Outro fator relevante sobre o poeta de Amarante, na visão de Gilmar de Carvalho “é o seu desejo de criar, de dar forma aos relatos”.
Além da música e da poesia, a agricultura e a atividade de vaqueiro delinearam Gregório Barbosa, que prefere falar de si em suas obras sempre evidenciando a seca sofrida pelo nordestino sem esquecer da sua amorosa Amarante.
O livro foi lançado em Fortaleza e traz 14 obras literárias do poeta em 153 páginas.
Fonte: Denison Duarte
Fotos: Francisco Sousa