O Ministério Público do Trabalho no Piauí (MPT-PI) recebeu denúncias de que funcionários de órgãos públicos e privados estão com salários atrasados por não comparecerem a eventos de candidatos apoiados por seus empregadores. As denúncias, mantidas em sigilo, foram divulgadas nesta sexta-feira (20) e apontam para um cenário preocupante de assédio eleitoral no estado.
Além do atraso salarial, os funcionários também relataram serem coagidos a participar de eventos, ouvir propostas e até mesmo publicar conteúdo político em suas redes sociais. As denúncias são provenientes de diversas cidades do Piauí, incluindo Teresina, Parnaíba e Picos.
O MPT-PI ressalta a gravidade do assédio eleitoral, caracterizado pelo abuso de poder por parte dos empregadores para influenciar o voto de seus funcionários. As penalidades para esse tipo de conduta podem incluir multas e até mesmo prisão.
O procurador do Trabalho Igor Costa, coordenador regional da campanha de combate ao assédio eleitoral, destaca a importância das denúncias para combater essa prática ilegal. Ele incentiva a população a relatar qualquer situação suspeita, garantindo o sigilo absoluto dos denunciantes.
“Já esperávamos esse aumento no número de denúncias nessa reta final da campanha. Se a população identificar situações de assédio, não deve evitar entrar em contato com o MPT e as instituições para formalizar as denúncias. Elas podem ser feitas de forma sigilosa e anônima”, orienta o procurador.
O MPT-PI já está investigando as denúncias e tomará as medidas cabíveis, que podem incluir a assinatura de Termos de Ajuste de Conduta (TACs) e ações judiciais.
Com informações do g1/PI
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