FUGIDIA
Não ultrapassei o teu nome
No caminho sem desvios
Nem pisei em tuas margens
Quando me chamavas
Pelos teus olhos.
Guardarei a lembrança
De uma negrura que retive
Na minha cabeça para sempre
O teu riso, ainda me lembro
Guardei-o em meus ouvidos
Agora te escuto quando te avisto
Do teu nome porem arrependo-me.
Antes de ver-te Aurora
Eras o nome da primeira luz
Agora és farpas nas minhas mãos.
Carências, és meu desejo
Um brilho que se ostenta na solidão
Rente ao mais alto cume
De onde grito teu nome.
És uma torre além das nuvens
Construída para os teus olhos.
Não quero agonizar o castigo
Que o teu nome me impõe
Como uma crença medieval.
E tu completas
Com os teus olhares e o teu nome.
Desabrigas a minha aparição
E sais, com a minha essência.
NAENO ROCHA
FUGIDIA, mais um poema de Naeno Rocha
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