Um achado paleontológico em Amarante, no Piauí, despertou o interesse de cientistas e curiosos. Um fóssil de madeira, com aproximadamente 280 milhões de anos, foi encontrado próximo ao rio Mulato revelando importantes informações sobre a Era Paleozóica. A descoberta, que se assemelha a uma pedra de 20 kg, passou por análise de especialistas da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e da UFPI (Universidade Federal do Piauí), que confirmaram a idade do fóssil.
O fóssil foi encontrado por Manoel Duarte e Arlenilsa Duarte, residentes no Conjunto Sinhá Ayres, que relataram que o objeto descoberto em Amarante foi trazido por um caminhão de transporte de pedras. O paleontólogo Roberto Iannuzzy, da UFRGS, enfatiza que este achado pode indicar a existência de outros fósseis na região, o que motivaria um possível retorno a Amarante para novas buscas.
“A exemplo de Teresina, que possui florestas petrificadas, nosso projeto é catalogar essas localidades onde se encontra esse tipo de material. O objetivo é ter uma ideia da extensão dessas antigas florestas de árvores já extintas. Ao final, esses estudos permitem contar parte da história da vida na Terra e da própria Terra”, explicou Iannuzzy, na época.
A importância do mapeamento de fósseis
O mapeamento dessas áreas de estudo pode comprovar a variedade de madeira existente no mesmo período, além de fornecer informações sobre as condições climáticas da Era Paleozóica. Para que novas expedições a Amarante sejam realizadas, é necessário encontrar outros objetos semelhantes ao fóssil já analisado.
A localização e a descoberta do fóssil em Amarante
O casal, Manoel Duarte e Arlenilsa Duarte, residente no Conjunto Sinhá Ayres, encontrou o fóssil nos arredores da própria residência, próximo ao rio Mulato, mantendo-o até os dias atuais. De forma inesperada, em julho de 2011, os dois receberam a visita dos paleontólogos. O morador assegurou que “o objeto foi trazido por um caminhão de transporte de pedras” e que não pode precisar de onde ele veio. “Vou tentar descobrir de onde ela (a pedra) pode ter vindo e assim colaborar como puder para esse estudo”, concluiu.
Como colaborar com a pesquisa
Os pesquisadores solicitam que qualquer pessoa que encontre um objeto que se assemelhe ao fóssil entre em contato com a UFPI. A colaboração da comunidade é fundamental para ampliar o conhecimento sobre a história da região e do planeta.
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