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EUA não respondem Brasil sobre tarifas; Lula tenta novo diálogo

Brasília vive um momento de tensão diplomática e econômica. O governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, ainda não respondeu a uma carta confidencial enviada por autoridades brasileiras há dois meses, buscando negociações sobre tarifas impostas. O vice-presidente Geraldo Alckmin confirmou a falta de retorno nesta terça-feira (15), enquanto o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara uma nova tentativa de diálogo, especialmente após a recente imposição de uma tarifa de 50% sobre importações brasileiras.

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A tentativa inicial de negociação ocorreu quando uma tarifa recíproca de 10% foi imposta sobre produtos brasileiros. Alckmin detalhou que a nova correspondência expressará a expectativa por uma resposta e o contínuo empenho em resolver o problema. “Enviamos uma carta confidencial há dois meses sobre tratativas de acordo e de entendimento, mas não obtivemos resposta. Faz dois meses. O que nós vamos encaminhar é uma carta dizendo que aguardamos a resposta e continuamos empenhados em resolver este problema”, afirmou o vice-presidente, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Autoridades de Brasília em busca de soluções para tarifas

Na manhã desta terça-feira (15), Alckmin reuniu-se com representantes da indústria em Brasília para discutir soluções para o impasse. No encontro, os empresários solicitaram a ampliação do prazo de vigência da alíquota de 50%, que tem início previsto para 1º de agosto. Foi acordado que os industriais iniciarão uma negociação paralela com seus congêneres norte-americanos, incluindo empresas importadoras e exportadoras, na tentativa de reverter a aplicação da tarifa. O governo Lula justifica que a medida encarecerá os produtos para os próprios consumidores americanos.

“Nós queremos resolver o problema o mais rápido possível, se houver necessidade de mais prazo, vamos trabalhar nesse sentido”, declarou Alckmin. Esta reunião marcou o primeiro encontro do comitê interministerial criado especificamente para formular a resposta brasileira à tarifa de 50% dos EUA. O Palácio do Planalto, em Brasília, busca alinhar o discurso entre os setores público e privado, ouvindo o setor privado antes de formalizar qualquer decisão. O comitê será coordenado pelo ministério de Alckmin, com apoio de ministérios-chave como Fazenda, Casa Civil, Itamaraty e Relações Institucionais.

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Impacto das tarifas em Brasília e para o comércio

Relatos indicam que, após o “tarifaço”, frigoríficos brasileiros já decidiram suspender a produção de carne para os EUA. Paralelamente, entidades empresariais dos próprios Estados Unidos, contrárias à medida, pediram que o presidente Trump negocie com o Brasil. Este cenário complexo sublinha a urgência de uma solução diplomática e o papel central das decisões tomadas em Brasília para o futuro das relações comerciais bilaterais.

EUA não respondem Brasil sobre tarifas e Lula tenta novo diálogo
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