Documentário brasileiro “Redenção” critica o projeto de branqueamento da população brasileira. O filme, que foi selecionado para o Festival de Amsterdã, é uma instalação imersiva que utiliza imagens, vídeos e sons para questionar a ideologia racista que esteve em curso no país.
O documentário, dirigido pela roteirista e documentarista Mariana Luiza, é uma crítica ao projeto de branqueamento da população brasileira, que foi defendido pela elite do país no século 19 e início do século 20. O projeto, que nunca foi totalmente implementado, visava a “branquear” a população brasileira através do cruzamento racial.
O filme começa com uma sala branca, onde é exibido o quadro “A Redenção de Cam”, de Modesto Brocos. O quadro, que faz parte do acervo do Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro, representa uma família negra, com a avó negra, a mãe mestiça e o pai branco. A sala branca representa a ideologia do branqueamento, que buscava a “pureza racial”.
A segunda sala do documentário é escura e simula uma mata. Nesta sala, é exibido um filme que questiona o projeto de branqueamento. O filme mostra imagens de pessoas negras resistindo à ideologia racista, como os movimentos abolicionistas e antirracistas. A sala escura representa a resistência negra ao projeto de branqueamento.
O documentário termina com uma reflexão sobre a possibilidade de um Brasil sem racismo. A diretora Mariana Luiza acredita que o país precisa enfrentar seu passado racista para construir um futuro mais justo e igualitário.
O documentário “Redenção” será exibido na categoria competitiva de documentários imersivos do Festival de Amsterdã, que acontece de 10 a 19 de novembro de 2023.
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