A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (18) o texto-base do projeto de lei de combate ao crime organizado (PL 5582/2025) por uma ampla margem de 370 votos a 110. No entanto, a votação revelou uma forte polarização partidária, especialmente na bancada federal piauiense, onde os parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) se posicionaram integralmente contra a proposta.
Dos 10 representantes do Piauí, cinco deputados votaram a favor do projeto, quatro votaram contra — sendo todos eles do PT — e um parlamentar não participou da votação.
Divisão na bancada federal piauiense no PL 5582
O projeto aprovado endurece as penas para membros de facções criminosas e permite a apreensão prévia de bens de investigados, podendo confiscar ativos antes da decisão final da Justiça. A pena para membros de facção ou milícia pode aumentar para 20 a 40 anos, chegando a 66 anos para os líderes dessas organizações.
Como votaram os parlamentares piauienses na Lei Antifacção (PL 5582)
O placar no Piauí ficou assim definido:
Votos Sim (A Favor):
- Átila Lira (PP)
- Castro Neto (PSD)
- Elmano Férrer (PP)
- Jadyel Alencar (Republicanos)
- Júlio Cesar (PSD)
Votos Não (Contra):
- Dr. Francisco (PT)
- Flávio Nogueira (PT)
- Florentino Neto (PT)
- Merlong Solano (PT)
Não Votou:
- Marcos A. Sampaio (PSD)
Deputados do PT Piauí votam contra Lei Antifacção
A oposição ao projeto, liderada por parlamentares governistas, incluindo os deputados do PT-PI, justifica-se pela alegação de que o texto foi “desconfigurado” pelo relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP).
A crítica central dos deputados do PT, que compõem o bloco que votou contra a lei de facções, é que a versão de Derrite acaba prejudicando a investigação da Polícia Federal ao “descapitalizar a corporação”. Segundo a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o relatório protege organizações criminosas ao inovar com uma ação civil pública que pode protelar o confisco de bens do crime organizado. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que o objetivo do bloco é lutar para retomar o texto original do governo e modificá-lo no Senado para recuperar o propósito inicial de combate às facções.
Por outro lado, o relator Derrite defendeu que a proposta é essencial, dizendo que “o enfrentamento do crime organizado no Brasil exige legislação de guerra em tempo de paz”. O texto acatado por 5 dos 10 parlamentares piauienses aumenta em 85% o tempo necessário para a progressão de regime e proíbe graça, anistia, indulto ou liberdade condicional para membros dessas organizações.
Próximos passos do PL 5582
Após a aprovação do texto-base pelos deputados, que incluiu o voto majoritário a favor da bancada piauiense, a Câmara segue analisando os destaques (emendas que podem alterar trechos do texto). Posteriormente, o projeto de lei de combate ao crime organizado seguirá para votação no Senado Federal.
Com informações do Portal O Dia
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