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Em entrevista à GloboNews, Chico Lucas defende integração entre instituições no combate ao crime organizado

Last updated on 14 de novembro de 2025

Captura de tela do Secretário Chico Lucas durante entrevista na Globo News
Secretário Chico Lucas detalha a “experiência exitosa da polícia do Piauí” no enfrentamento ao crime organizado.

O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, participou nesta quarta-feira (12) de uma entrevista ao programa ‘Em Ponto’, na GloboNews. Na ocasião, ele defendeu a cooperação integral entre as instituições de segurança para o combate ao Crime Organizado, criticando a disputa por protagonismo. Ele trouxe uma visão pragmática da segurança pública, citando a experiência exitosa da polícia do Piauí em operações integradas.

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O secretário Chico Lucas, falando sobre Crime Organizado, destacou o debate sobre equiparar organizações criminosas a terroristas. Ele argumenta que o objetivo das facções é o lucro, o que as torna diferentes do terrorismo, cuja motivação é política ou ideológica. Ao classificar o crime como terrorismo, atrai-se a competência da Justiça Federal, mas há governadores que se opõem à diminuição da autonomia estadual. Para ele, a melhor técnica legislativa é a que altera a Lei 12.850, conhecida como PL Antifacção.

O secretário sublinhou que a sociedade, ao apoiar a equiparação, está na verdade pedindo mais responsabilização penal e endurecimento no combate, e não necessariamente o uso do termo terrorismo. No Piauí, a técnica adotada é que “bandido bom é bandido preso”. Ele defende que a morosidade no julgamento dos processos inviabiliza o combate à violência, pois criminosos têm dezenas de anotações criminais sem nunca terem um julgamento definitivo.

O secretário explicou durante a entrevista sobre a Operação Carbono Oculto (versão Piauí), que mirou uma rede de postos de combustível e envolvia o braço financeiro do PCC, atuando a partir da Faria Lima, em São Paulo. Os envolvidos nesse tipo de crime organizado são pessoas que frequentam os melhores lugares e são próximas das autoridades, distantes do perfil do criminoso violento da ponta. A operação, que moveu R$ 5 bilhões de reais, foi possível graças à integração entre o Ministério Público do Piauí e de São Paulo, provando que o estado precisa estar preparado para enfrentar o crime organizado.

Chico Lucas reafirmou durante a entrevista que o problema é complexo e exige soluções combinadas, como a descapitalização e o enfrentamento direto do domínio territorial. No seu estado, a redução de 30% nos homicídios foi atribuída ao aumento do encarceramento, visto que a maioria das pessoas que matam e morrem já haviam sido presas. Ele conclui que o afastamento histórico dos governos federais do PT da pauta de segurança pública pode ter agravado a dificuldade nos estados, mas ressalta que o atual governo no Piauí trata o tema como prioridade.

O secretário petista defende que a intervenção necessária na segurança pública deve envolver o endurecimento das penas, sem crueldade, pois a não aplicação de punições permite que as organizações criminosas tirem o direito à vida e a liberdade de comércio das pessoas.

Captura de tela do Secretário Chico Lucas durante entrevista na Globo News
Secretário Chico Lucas detalha a “experiência exitosa da polícia do Piauí” no enfrentamento ao crime organizado.

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