CCJ do Senado aprova extinção do voto secreto

Geral
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovou nesta quarta-feira uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com o voto secreto no Congresso. O texto, que já havia sido aprovado pela Câmara, seguirá agora para o plenário do Senado.

A proposta afeta, nas duas Casas, votações de cassações de mandatos, vetos presidenciais, eleições para as Mesas Diretoras e, no caso do Senado, também as indicações de autoridades, como embaixadores e integrantes para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Em julho, a própria CCJ já havia aprovado uma proposta semelhante, de autoria do Senador Paulo Paim (PT-SP). Mas, agora, os senadores optaram por dar encaminhamento ao texto que já havia passado pela Câmara porque isso deve acelerar a promulgação da proposta.

O plenário do Senado já havia aprovado, no ano passado, uma PEC de autoria do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) que extinguia o voto secreto apenas em casos de cassação. A Câmara, em vez de levar adiante a proposta da Casa vizinha, deu seu aval a uma PEC que extingue todos os tipos de voto secreto. É este o texto que a CCJ do Senado rejeitou nesta quarta-feira.

Repercussão – A CCJ rejeitou duas emendas que pretendiam restringir o alcance do projeto: uma do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que estabelecia o voto aberto apenas para cassações, e outra de Romero Jucá (PMDB-RR), que também incluía a análise e vetos presidenciais na lista de votações sem sigilo. Mas o texto do relator da proposta na comissão, Sérgio Souza (PMDB-PR), prevaleceu.

Aloysio Nunes, que é líder do PSDB no Senado, disse que o voto aberto pode deixar o Legislativo desprotegido caso um líder autoritário assuma o poder: "Não estamos livres desse tipo de praga, especialmente levando em conta a deterioração do ambiente político". O senador José Carlos Valadares (PSB-SE) criticou a proposta elaborada pelos deputados: "A Câmara ultrapassou a sua competência constitucional e impôs ao Senado um resultado que não é democrático".

Por outro lado, o senador Pedro Taques (PDT-MT) disse que o Congresso deve priorizar a transparência e defendeu o fim do voto secreto: "Nós, que exercemos o mandato parlamentar, temos obrigações para com o eleitor e temos de dar a ele satisfação a respeito das nossas votações aqui dentro".

O líder do PT, Wellington Dias (PI), também defendeu a aprovação da proposta vinda da Câmara. "Nós avaliamos que o país amadureceu o suficiente para que nós pudéssemos dar esse passo a mais", afirmou.

A defesa do voto aberto ganhou força depois dos protestos de junho e, em agosto, quando a Câmara dos Deputados rejeitou a cassação do deputado-presidiário Natan Donadon. Na época, a Câmara deu aval a uma PEC que extingue todos os tipos de voto secreto. É este o texto que a CCJ do Senado rejeitou nesta quarta-feira. Se passar pelo plenário do Senado sem alterações, a proposta seguirá para promulgação. Caso contrário, precisará de uma nova análise da Câmara dos Deputados antes de entrar em vigor.

Compartilhe este post
Comercial Sousa Neto Tania Sobreira Eletrocarro Cinara Cristina Citopatologista Dra Josilene Afonsinho Amarante Finsol clinica e laboratorio sao goncalo Cetec Amarante Educandario Menino Jesus Mercadinho Afonsinho Pax Uni~ão Amarante Pax Uni~ão Amarante Dr. Josias Pier Restobar Pax Uni~ão Amarante Hospital de Olhos Ideal Web, em Amarante Megalink Amarante Super Carnes Interativa

Deixe um comentário