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“Pensamos que íamos morrer”: pânico a bordo de voo após carregador pegar fogo

Um carregador portátil de celular (conhecido como power bank) pegou fogo a bordo de um voo da KLM com destino a Amsterdã, na manhã desta quarta-feira (6), enquanto a aeronave sobrevoava o oceano Atlântico. O incidente gerou fumaça intensa na cabine e momentos de pânico entre os passageiros, mas foi rapidamente contido pela tripulação com o uso de um extintor.

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O voo KL702, operado pela KLM Royal Dutch Airlines, decolou do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP), com cerca de 200 passageiros a bordo. Segundo relatos de testemunhas, o fogo teve origem em um carregador que estava dentro da mochila de um passageiro. O calor e a fumaça provocaram gritos de “fogo!” no interior da aeronave, levando muitos a temerem por suas vidas.

A passageira Simone Malagoli, que compartilhou sua experiência nas redes sociais, relatou que a maioria dos passageiros dormia quando o incidente ocorreu. “Ouvimos barulhos fortes e vimos fumaça subindo. As pessoas começaram a gritar ‘fire, fire’. Pensei que a turbina tinha explodido. Cheguei a considerar enviar uma mensagem de despedida aos meus pais”, contou.

Vídeos gravados por passageiros mostram uma comissária de bordo agindo com calma e eficiência ao usar um extintor para conter as chamas, enquanto outros tentavam se proteger da fumaça com roupas e máscaras improvisadas. Apesar do susto, o avião seguiu sua rota normalmente e pousou com segurança no aeroporto de Schiphol, em Amsterdã. Ao final do voo, os passageiros aplaudiram a tripulação, em sinal de gratidão.

A KLM não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido até a última atualização desta reportagem. No entanto, a companhia aérea segue as normas da Agência Europeia de Segurança da Aviação (EASA) e da IATA, que proíbem o transporte de baterias de íon-lítio no porão da aeronave, exigindo que sejam levadas apenas na bagagem de mão.

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Alerta para riscos de baterias em voos

Simone Malagoli aproveitou o episódio para reforçar um alerta de segurança: carregadores portáteis e baterias não devem ser despachados em bagagens. “Se isso tivesse acontecido no porão, onde não há ninguém para agir rapidamente, poderia ter sido uma tragédia”, afirmou. “É essencial que os passageiros tenham consciência desse risco.”

O risco de incêndio envolvendo baterias de íon-lítio já é reconhecido por autoridades aéreas globais. Em 2023, a FAA (Agência Federal de Aviação dos EUA) registrou mais de 50 ocorrências desse tipo em voos comerciais apenas nos Estados Unidos. A rápida detecção e contenção em cabines são cruciais para evitar consequências graves.

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