Durante a hora e meia que o papa passou no Hospital São Francisco de Assis na Providência de Deus, na Tijuca, o público de 1.500 pessoas ouviu um discurso firme contra a legalização das drogas. Nos detalhes, ao pé do ouvido dos fiéis, o pontífice mostrou a face mais franciscana da Igreja Católica. Da capela da unidade de saúde até o palco montado para a celebração, Francisco abraçou doentes, distribuiu bênçãos e acenou para os convidados. A uma criança com deficiência física, mostrou o porquê de ter escolhido o nome Francisco para guiar a Igreja: “Me abençoe”, pediu o papa. O relato é do frei Francisco, fundador da Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus, administradora do hospital, que passou todo o tempo da visita ao lado do pontífice. O frei também ouviu um recado direto, de Francisco para Francisco: “Não desvie desse caminho. Mesmo com as turbulências”, pediu.
Francisco condena legalização das drogas e prega a alegria para reunir o rebanho católico
Na capela, primeiro local por onde o papa passou assim que desembarcou, cumprimentou os freis selecionados para participar do pequeno ato. “Um franciscano tocando violino. Quanta alegria”, disse, ao entrar na capela recém-reformada, na qual franciscanos tocavam violinos e um órgão. Durante os 10 minutos que permaneceu no local, ajoelhou-se em frente ao sacrário enquanto os freis cantavam ‘Oh providência’, uma oração feita pelos freis diariamente, antes de todas as refeições. Os franciscanos foram às lagrimas. “Dentro da capela, pude beijar a mão do papa”, contou o frei Jordão Secches, de 22 anos, que entrou para a ordem no dia 22 de janeiro de 2012.